Ibovespa cai pressionado por Banco do Brasil; Marfrig dispara 19% após fusão com BRF

Banco estatal teve queda de 20,7% no lucro na comparação ano a ano e ações desabam 13%

Banco estatal teve queda de 20,7% no lucro na comparação ano a ano e ações desabam 13%
16 de Maio, 2025 | 11:33 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em queda nesta sexta-feira (16), pressionado pelas ações dos bancos, que tem grande representatividade na carteira teórica do índice.

Por volta das 11h, o Ibovespa recuava 1,01%, aos 137.924 pontos. No pregão anterior, o índice alcançou um novo recorde e superou pela primeira vez a marca dos 139.000 pontos.

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Entre as ações do Ibovespa, os grandes bancos recuam em bloco puxados pelo Banco do Brasil (BBAS3), que afunda 13,06% após a divulgação do balanço ficar abaixo do esperado.

O banco estatal registrou lucro líquido ajustado de R$ 7,37 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 20,7% na comparação ano a ano e de 23% contra o trimestre anterior.

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O número divulgado na noite de quinta-feira (15) ficou 18,6% abaixo do consenso de analistas pela Bloomberg, que estimava lucro de R$ 9,06 bilhões no período.

Em dia de pessimismo com as ações bancárias, os papéis de Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) operam em baixa de 0,45%, 0,54% e 0,56%.

Investidores avaliam também a operação de fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), anunciada na véspera. A nova companhia será denominada MBRF Global Foods Company, caso a operação seja aprovada pelos acionistas de ambas as companhias, em assembleias agendadas para 18 de junho, além de autoridades regulatórias.

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As ações da Marfrig dispararam 19,23% após o anúncio do negócio, enquanto as da BRF recuaram 1,50%.

No exterior, os principais índices americanos buscam estender a toada de alta iniciada na segunda-feira (12), com o anúncio da trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China. S&P 500 opera em alta de 0,14%, enquanto o Nasdaq avança 0,18%.

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O dólar, por sua vez, continua subindo contra o real e é negociado a R$ 5,70, com ganhos de 0,43%. O movimento começou na véspera com notícias na imprensa de que o governo poderia implementar novas medidas de estímulo para impulsionar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Com informações da Bloomberg News.

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Beatriz Quesada

Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem passagens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.