Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recua nesta sexta-feira (18), com investidores atentos a eventuais novos desdobramentos da disputa do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o Brasil.
O principal índice da B3 recuava 1,28% por volta das 13h45, no patamar de 133.800 pontos.
O assunto voltou ao radar depois do pronunciamento à Nação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de quinta-feira (17), em rede nacional de rádio e TV.
Em discurso de cinco minutos, o presidente afirmou que responderá com diplomacia e multilateralismo às ameaças do governo Trump, que classificou de “chantagem inaceitável”.
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Outro fator de atenção é a ação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, no âmbito de seu processo sob a acusação de tentativa de golpe de Estado, com mandados emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder de direita terá que usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento noturno entre 19h e 7h da manhã e não poderá acessar redes sociais, segundo determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Trump havia citado Bolsonaro em sua carta de ameaça tarifária ao Brasil, o que pode trazer novos desdobramentos à tensão com os EUA.
Nas bolsas americanas, o clima positivo continua depois da divulgação de indicadores econômicos da economia americana mais fortes do que o projetado e de resultados corporativos que igualmente vieram acima do consenso, em ambos os casos, sinalizando uma resiliência dos negócios.
O clima favorável a risco derruba o dólar globalmente. Mas, no Brasil, a moeda americana avançava 0,38% contra o real, cotado a R$ 5,57.
Nas bolsas americanas, o S&P 500 subiu na abertura, mas passou depois para queda no começo da tarde: -0,15%, enquanto o Nasdaq Composite caía 0,13%.
Na quinta-feira (17), foram divulgados dados econômicos que reforçaram a resiliência da economia americana.
Os pedidos de auxílio desemprego na semana encerrada em 12 de julho chegaram a 221.000, representando uma queda de 7.000 em relação à semana anterior.
Além disso, as vendas no varejo em junho subiram acima do esperado: 0,6% de alta em relação a maio - era projetada um avanço de 0,2%.
– Com informações da Bloomberg News.
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