Ibovespa hoje bate recorde e dólar cai a R$ 5,32 com expectativa por corte nos EUA

S&P 500 alcança nova máxima em antecipação a um corte de juros nas taxas americanas de curto prazo em decisão do Fed na quarta (17); Magalu tem alta de 7,41% nesta segunda

After Hours
15 de Setembro, 2025 | 06:13 PM

Bloomberg Línea — A semana começou com alta do Ibovespa (IBOV) e recuo do dólar contra o real no mercado brasileiro.

O principal índice da B3 subiu 0,90% nesta segunda-feira (15), aos 143.546,58 pontos – superando o recorde nominal batido na última quinta-feira (11), quando alcançou 143.151 pontos.

PUBLICIDADE

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideraram entre as altas do Ibovespa, com ganho de 7,41%, seguidas por Yduqs (YDUQ3), com 6,72% e Cogna (COGN3), com 4,45%, dois dos maiores grupos de educação do país.

O dólar, por sua vez, teve um dia de fraqueza global e recuou 0,61% contra o real no mesmo horário, cotado a R$ 5,32 – menor patamar em 15 meses.

Fechamento 15092025

A semana é marcada pela “Super Quarta”, como é conhecido no Brasil o dia em que as decisões de juros do país e dos Estados Unidos são tomadas no mesmo dia.

PUBLICIDADE

Por aqui, a expectativa é a de manutenção da Selic em 15% ao ano, mas investidores devem ficar atentos à comunicação do Banco Central em busca de pistas sobre um possível e aguardado início do ciclo de corte de juros.

Enquanto isso, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, em decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal na semana passada, fica em segundo plano.

Nos Estados Unidos, a ampla expectativa é por um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) já na reunião desta quarta-feira (17), o que levaria a taxa ao intervalo de 4,00% a 4,25% - seria o início de um ciclo de relaxamento monetário.

PUBLICIDADE

A questão-chave é se o Fed irá realizar todos os cortes precificados pelo mercado neste ano ou se adotará pausas estratégicas nas próximas reuniões.

Investidores precificam no consenso reduções em cada uma das próximas três reuniões do ano e apostam que o Fed tenderá a apoiar um mercado de trabalho em declínio, mesmo com a inflação ainda acima da meta.

“Neste momento do ciclo de juros, notícias ruins simplesmente não tem efeito”, disse David Kruk, chefe de negociação da La Financiere de l’Echiquier, à Bloomberg News.

PUBLICIDADE

“Estamos prestes a entrar em um ciclo com forte crescimento do lucro por ação: um cenário realmente ótimo.”

Hoje foi um dia de alta para as bolsas globais, com o S&P 500 alcançando um novo recorde, aos 6.615 pontos.

Leia também: Rali de US$ 14 trilhões enfrenta teste decisivo com reunião do Fed sobre juros

O destaque nos EUA ficou com a Tesla (TSLA), cujas ações subiram 3,56% após o CEO Elon Musk, adquirir US$ 1 bilhão em ações da empresa.

O bilionário comprou os papéis indiretamente por meio de um fundo revogável em 12 de setembro, de acordo com um documento regulatório divulgado nesta segunda-feira.

A compra ocorreu após com a declaração da presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, a repórteres sobre os méritos de conceder a Musk um pacote potencial de cerca de US$ 1 trilhão em ações se a empresa atingir uma série de patamares ambiciosos de valor de mercado e desempenho.

As ações da Tesla passaram a acumular alta de cerca de 1,5% neste ano com os ganhos desta segunda, apagando a queda de 45% no início de abril.

-- Com informações da Bloomberg News.

Leia também

Musk compra US$ 1 bi em ações da Tesla após conselho aprovar pacote de remuneração

Não existe limite para o crescimento, diz o próximo CEO do Mercado Livre