Ibovespa avança com Vale e Petrobras; dólar cede a R$ 5,25 com alívio global

Os investidores seguem repercutindo hoje indicadores econômicos no Brasil, enquanto aguardam novas falas de membros do Fed nos EUA

bolsa brasileira B3
17 de Abril, 2024 | 10:28 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avança nesta quarta-feira (17), impulsionado pelos ganhos das blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4), enquanto o dólar recua pela primeira vez em seis sessões à medida que os ativos de risco se recuperam.

Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o índice subia 0,58%, aos 125.113 pontos. Já o dólar era negociado a R$ 5,25, com queda de 0,62% no mesmo horário.

Entre as commodities, o minério de ferro deu um saltou de até 6,1% em Singapura, em meio ao otimismo de que mais usinas siderúrgicas chinesas vão retomar a produção com o aumento da demanda.

Leia também: Como falar Faria Limês’: como é a disputa por talentos no mercado financeiro

PUBLICIDADE

Os futuros da matéria-prima também foram impulsionados por comentários da Rio Tinto de que as exportações chinesas de aço “provavelmente permanecerão historicamente elevadas”, embora o setor imobiliário do país continue fraco.

Na noite de ontem, a Vale reportou uma produção de 70,8 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre, ante estimativa média de analistas consultados pela Bloomberg de 68,2 milhões de toneladas.

Os investidores seguem repercutindo hoje indicadores econômicos no Brasil, enquanto aguardam novas falas de membros do Federal Reserve nos Estados Unidos. A safra de balanços do 1º trimestre também segue no radar.

PUBLICIDADE

Por aqui, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, acelerou 0,40% em fevereiro, após ter registrado expansão de 0,60% em janeiro. De acordo com o Banco Central, o índice teve alta de 2,59% na comparação anual, ante estimativa de 2,55%.

Já no exterior, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse ontem que os formuladores de políticas monetárias deverão esperar mais tempo do que o antecipado anteriormente para cortar as taxas de juros, após uma série de dados de inflação acima do esperado no país.

Segundo ele, se as pressões de preços persistirem, o Fed pode manter as taxas elevadas “pelo tempo que for necessário”.

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.