Bloomberg Línea — As ações europeias registraram pequenas variações nesta manhã de quarta-feira (23) em um dia movimentado de resultados corporativos, e os títulos voltaram a cair com a perspectiva de cortes menos agressivos nas taxas de juros do Federal Reserve, que continuam a pesar sobre os mercados.
Os futuros dos EUA apontaram para uma leve queda na abertura de Wall Street. A ação da Starbucks recuou nas negociações pré-mercado após retirar seu guidance para 2025.
Os investidores ficarão atentos a eventuais surpresas nos resultados de Tesla, Boeing, Coca-Cola, IBM e outras empresas com peso nos índices, após notícias desanimadoras de algumas companhias americanas importantes na terça-feira (22). O índice europeu Stoxx 600 pouco se alterou.
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Os títulos do Tesouro americano de 10 anos caíram novamente, elevando o rendimento em dois pontos-base depois que superaram 4,2% pela primeira vez desde julho. Os rendimentos dos títulos de 40 anos do Japão atingiram o nível mais alto em 16 anos.
O tom mais avesso ao risco se intensifica à medida que os investidores reduzem as apostas em um rápido afrouxamento da política monetária, dado que a economia dos EUA permanece robusta e há preocupações com déficits fiscais mais amplos após as eleições presidenciais.
A maioria dos membros do Fed que fizeram declarações em eventos públicos no início desta semana sinalizou que preferem um ritmo mais lento de cortes nas taxas.
O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, foi um dos últimos a se juntar ao debate e pediu aos formuladores de política monetária do Fed que sejam cautelosos na magnitude dos cortes nas taxas de juros.
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- Heineken ‘dribla’ pressão. A cervejaria holandesa conseguiu compensar queda no volume em alguns mercados-chave com aumentos de preços no terceiro trimestre, o que levou as ações a subirem.
- Volvo reduz guidance. O momento desafiador do setor automotivo afeta também a marca de luxo sueca, que reduziu de 15% para 8% a sua projeção de aumento de vendas em 2024. A prioridade será preservar as margens em vez de buscar manter o crescimento.
- Blackstone e o soft landing. Para Steve Schwarzman, CEO da gigante de ativos alternativos e private equity, os EUA vão conseguir evitar uma recessão seja qual for o vencedor na eleição presidencial, dado que tanto Donald Trump como Kamala Harris têm uma agenda de crescimento.
(Com informações de Bloomberg News)