Dólar hoje: moeda americana cai após dados de inflação ao produtor nos EUA

Bloomberg Línea — O dólar (USDBRL) caía nas negociações na manhã desta quinta-feira (14). A moeda americana era cotada a R$ 4,89 com desvalorização de 0,53%, às 10h00 (horário de Brasília).

Os investidores repercutem a divulgação de novos dados de inflação dos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,7% em agosto, uma aceleração em relação ao resultado de julho (0,4%). O resultado ficou acima da mediana das expectativas de economistas consultados pela Bloomberg, que previam um aumento de 0,4% no mês.

A alta de preços reflete o aumento dos custos de energia e de transporte, o que tem afetado as empresas. O preço da gasolina subiu 20% no mês, e representou a maior parte do aumento do índice no período. Excluindo o preço de alimentos e de energia, o PPI subiu 0,2% em agosto, em linha com o esperado.

Na quarta-feira (13), foi publicado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que teve alta de 0,6% em agosto, após subir 0,2% no mês anterior. Já o núcleo do CPI (medida que desconsidera preços de itens mais voláteis como alimentos e energia) subiu 0,3% no mês — a primeira vez que ele acelerou em seis meses.

Para economistas ouvidos pela Bloomberg News, o CPI não foi nem bom e nem ruim o suficiente para mudar a perspectiva de que o Fed pode voltar a aumentar os juros dos EUA em sua próxima reunião. Mas os investidores não estão certos de que outro aumento ocorrerá.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa de juros de referência em 0,25 ponto porcentual para um recorde de 4% ao ano. É a 10ª vez consecutiva que a autoridade monetária da zona do euro sobe os juros dos depósitos.

No Brasil, foi aprovado na Câmara dos Deputados o texto-base que regulamenta as apostas esportivas e prevê um pagamento de 30% por parte dos apostadores sobre ganhos superiores a R$ 2.112. Agora, o texto segue para o Senado.

No cenário corporativo, o SoftBank (SFTBY) alcançou suas ambições para a Arm ao levantar US$ 4,87 bilhões na maior oferta pública inicial do ano

Fechamento do dólar ontem

No pregão anterior, o dólar encerrou as negociações cotado a R$ 4,92, com queda de 0,67%. O valor máximo chegou a R$ 4,96, e o mínimo foi de R$ 4,90.

Neste ano, o real acumula alta de 7,10% em relação ao dólar. O valor máximo foi registrado no dia 3 de janeiro, quando a cotação do dólar atingiu R$ 5,46. Já a mínima foi de R$ 4,73 no dia 31 de julho. A cotação média do dólar no período foi de R$ 5,01.

Neste ano, a moeda brasileira ocupa a posição número 3 em uma cesta das 23 moedas de mercados emergentes com maior valorização.

A moeda com o maior desempenho no ano é o peso colombiano, com variação de 18,60%. Já a divisa com o menor desempenho é o peso argentino, que variou -97,60%.

As moedas latino-americanas tiveram o seguinte desempenho até o momento no ano:

• O peso colombiano (COP) se valoriza em 18,60%
• O sol peruano (PEN) se valoriza em 2,65%
• O peso mexicano (MXN) se valoriza em 12,05%
• O peso chileno (CLP) se desvaloriza em 3,51%
• O peso argentino (ARS) se desvaloriza em 97,60%

Já o Ibovespa (IBOV) subiu 0,18% no fechamento de ontem, 13 de setembro, aos 117.968,12 pontos.

As ações do Ibovespa com melhor desempenho ontem, 13 de setembro, foram:

• Banco BTG Pactual SA (BPAC11) subiu 3,76%
• WEG SA (WEGE3) subiu 3,59%
• BRF SA (BRFS3) subiu 3,58%

E as de pior desempenho foram:

• 3R PETROLEUM OLEO E GAS SA (RRRP3) caiu 2,16%
• Petroreconcavo S/A (RECV3) caiu 2,18%
• Ultrapar Participacoes SA (UGPA3) caiu 4,08%

- Conteúdo elaborado com auxílio de dados automatizados da Bloomberg. Com informações da Bloomberg News

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