Citi destoa de JPMorgan e vê oportunidade de compra de ações globais após tombo

Estrategistas do Citigroup seguem otimistas e esperam que a alta se amplie para mais setores cíclicos e ligados ao crescimento econômico no médio prazo

Estrategistas esperam que o índice MSCI All-Country World suba mais 5% até o final de 2024
Por Sagarika Jaisinghani
23 de Abril, 2024 | 02:40 PM

Bloomberg — As ações globais estão mais atraentes depois da recente queda, que removeu excessos do mercado enquanto o foco se volta para a temporada de balanços, segundo os estrategistas do Citigroup (C).

“Vemos o recente recuo como uma oportunidade de compra”, escreveu a equipe do banco, incluindo Mihir Tirodkar e Beata Manthey.

“O posicionamento comprado se desfez e agora parece mais neutro, especialmente nos EUA. A atual temporada de balanços poderá redirecionar a atenção dos investidores para fundamentos subjacentes sólidos.”

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Os estrategistas disseram que estão otimistas com as perspectivas de resultados das empresas no mundo todo e esperam que o índice MSCI All-Country World suba mais 5% até o final de 2024.

Depois de atingirem máximas históricas no primeiro trimestre, as ações globais recuaram este mês, com os investidores reduzindo apostas em cortes de juros nos EUA e tensões geopolíticas no Oriente Médio em alta. O índice MSCI ACWI registrou seu maior declínio em mais de um ano na semana passada.

A visão, contudo, é contrária à do JPMorgan (JPM). O estrategista Marko Kolanovic disse que é provável que o selloff se aprofunde com os riscos macroeconômicos crescentes, incluindo a alta dos rendimentos dos Treasuries americanos, um dólar forte e preços elevados do petróleo.

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Os estrategistas do Citigroup esperam que a alta se amplie para mais setores cíclicos e ligados ao crescimento econômico no médio prazo. Os índices de referência europeus geralmente têm uma percentagem maior dessas ações do que os americanos.

A estrategista-chefe para ações europeias do Morgan Stanley, Marina Zavolock, também está otimista em relação às ações da região.

Ela disse que as recentes quedas na Europa lembram 1995, quando os investidores reduziram as apostas em cortes do Federal Reserve, em meio a dados econômicos fortes. O índice Stoxx Europe 600 subiu 13% naquele ano.

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