Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 8 de dezembro

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Bloomberg Línea — Os investidores estão de olho nesta sexta-feira (8) na divulgação do relatório de empregos (payroll, em inglês) nos Estados Unidos, que pode ajudar nas apostas sobre a trajetória dos juros no país.

O Politburo da China, composto pelos 24 principais líderes do Partido Comunista Chinês, comprometeu-se a fortalecer as medidas fiscais do governo e tornar a política monetária mais eficaz, intensificando os esforços para estabilizar o crescimento.

A reunião, presidida pelo Presidente Xi Jinping, afirmou que a política fiscal será intensificada “adequadamente”, conforme relatado pela agência oficial de notícias Xinhua hoje. Enquanto isso, a política monetária deve ser flexível, apropriada, direcionada e eficaz, com a palavra “enérgica” sendo retirada da declaração anterior.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (8):

1. Payroll

O relatório de empregos dos EUA nesta sexta-feira é crucial para os traders avaliarem se faz sentido apostas em uma drástica flexibilização da política do Federal Reserve no próximo ano.

Impulsionados por sinais de que a inflação e o crescimento dos salários estão desacelerando, os traders ampliaram as apostas de cortes para pelo menos 1,25 ponto percentual ao longo dos próximos 12 meses.

Isso é mais do que o dobro do que os próprios funcionários do Fed sugeriram, os quais, embora indiquem que provavelmente terminaram de elevar as taxas, também têm sido rápidos em alertar que qualquer conversa sobre cortes é prematura por enquanto.

“O mercado de títulos ficará em modo de espera nesta sexta antes do relatório de emprego dos EUA, com os traders buscando validação do recente rali recorde no mercado de títulos impulsionado pelas expectativas de uma rápida sucessão de cortes nas taxas no próximo ano”, escreveram em nota estrategistas do Saxo Bank.

As vagas de emprego provavelmente aumentaram em 183.000 no mês passado, após um aumento de 150.000 em outubro, enquanto a taxa de desemprego permaneceu estável em 3,9%, de acordo com a previsão média de economistas consultados pela Bloomberg.

2. Corte de juros do BCE

O Banco Central Europeu (BCE) não reduzirá as taxas de juros tão cedo ou tão rapidamente quanto os investidores pensam, de acordo com uma pesquisa da Bloomberg com economistas, que sugere que os formuladores de políticas monetárias vão resistir às atuais apostas do mercado.

A expectativa é de manutenção das taxas em 14 de dezembro, pela segunda reunião consecutiva, mantendo-as no atual patamar até junho, quando farão o primeiro corte de 0,25 ponto percentual, disseram os entrevistados. Anteriormente, eles antecipavam uma mudança inicial em setembro.

Os investidores veem quase 150 pontos-base de cortes no próximo ano. Após junho, os economistas preveem reduções apenas em setembro e dezembro.

3. Mercados

As ações sobem enquanto os rendimentos dos títulos públicos caem nesta sexta-feira, com os traders aguardando o relatório de empregos nos EUA.

O índice Stoxx 600 da Europa tinha alta da ordem de 0,4% por volta das 8h30 (horário de Brasília), mantendo o benchmark a caminho da quarta semana consecutiva de ganhos.

Em Wall Street, os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 operavam próximos da estabilidade, seguindo o rali de 1,5% do índice de tecnologia na quinta-feira. Os títulos do Tesouro americano, por sua vez, oscilavam antes do relatório de empregos, com o rendimento do título de 10 anos subindo de volta para 4,18%, depois de cair de 4,25% no início da semana.