Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira

Bloomberg Línea — Em mais uma sessão de divulgação de indicadores econômicos, os investidores monitoram nesta sexta-feira (17) dados do IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto acompanham discursos de membros do Federal Reserve nos Estados Unidos.

Por aqui, a estimativa mediana dos economistas é de alta mensal de 0,20% do IBC-Br, após queda de 0,8% em agosto.

As atenções também seguem sobre a Americanas (AMER3), após a companhia divulgar seus balanços atrasados, bem como sobre o impacto disso em outras varejistas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), cujas ações tiveram forte alta na B3 na quinta-feira (17).

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O Ibovespa (IBOV) ganhou fôlego e encerrou o pregão de ontem com alta de 1,2%, aos 124.639 pontos, no maior patamar para o índice desde 29 de julho de 2021.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (17):

1. Os desafios da Americanas

A Americanas revelou na quinta-feira (16) um plano de negócios para tentar sair da crise após acumular um prejuízo de R$ 19 bilhões em dois anos (2021 e 2022), decorrente de manobras contábeis que são alvo de suspeita de fraude.

Há, no entanto, obstáculos nesse caminho de recuperação, como a competição com players internacionais no varejo brasileiro, as dificuldades na obtenção de novas linhas de crédito para financiar as operações e o menor apetite ao risco do mercado, o que pode inviabilizar a venda de ativos por preço considerado justo, como a Hortifruti Natural da Terra.

Os próximos passos da companhia são a realização de assembleia de credores para aprovar o plano de recuperação judicial e a divulgação dos resultados trimestrais de 2023 em dezembro (datas a definir). A expectativa da atual administração é homologar o plano no início de 2024 após assinar acordo com os bancos credores em dezembro, conforme algumas instituições financeiras sinalizaram nas últimas semanas.

2. Cortes de juros globais

Os dados de inflação e emprego mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos desta semana alimentaram a convicção de que os ciclos agressivos de aperto monetário do Federal Reserve e de outros bancos centrais finalmente chegaram ao fim.

Essa visão ajudou a impulsionar um influxo de US$ 23,5 bilhões em fundos de ações na semana até 15 de novembro, a segunda maior entrada de recursos do ano, de acordo com o Bank of America (BAC), citando dados da EPFR Global.

No entanto, há sinais de que os aumentos nas taxas de juros podem finalmente estar prejudicando o crescimento econômico e os lucros das empresas.

Os preços do petróleo, por exemplo, entraram em um mercado de baixa, caindo 20% de suas máximas de setembro. O West Texas Intermediate (WTI) era negociado perto de US$ 73 o barril, a caminho da quarta semana de perdas.

3. Mercados

As ações sobem e os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caem nesta sexta-feira (17), à medida que novos sinais de desaceleração econômica levam investidores a aumentarem as apostas em cortes de juros no próximo ano.

O índice Stoxx 600, da Europa, subia 1% por volta das 8h30 (horário de Brasília), a caminho de um rali de 2,7% nesta semana, enquanto os futuros dos EUA tinham leves ganhos no mesmo horário.

Os títulos ampliaram os ganhos vistos na quinta-feira (16), com os mercados precificando agora um ponto percentual completo de reduções de taxas no próximo ano pelo Banco Central Europeu (BCE).

A libra esterlina caiu, e os rendimentos dos gilts caíram até 12 pontos-base, à medida que dados mostraram uma queda surpreendente nas vendas no varejo no Reino Unido no mês passado.

4. Manchetes dos principais jornais

Estadão: Eliane Cantanhêde: ‘Haddad ganhou a batalha do déficit zero, mas a guerra continua e é contra Lula e o PT’

Folha de S. Paulo: Escolas de SP terão menos artes e mais matemática e português

O Globo: O pior está por vir: El Niño vai agravar eventos climáticos no Brasil em dezembro

Valor Econômico: Ibovespa ganha fôlego e sobe à máxima desde julho de 2021

5. Agenda

Zona do Euro:

• 5h30: Discurso de Christine Lagarde
• 7h: inflação ao consumidor (CPI) de outubro
• 10h: Joachim Nagel (BCE) discursa

Brasil:

• 8h: IGP-10 de novembro e IPC-S capitais
• 9h: IBC-Br (prévia do PIB) de setembro

Estados Unidos:

• 10h30: Construção de moradias - outubro
• 10h45: discurso de Michael Barr (Fed)
• 10h45: discurso de Susan Collins (Fed de Boston)
• 11h45: Austan Goolsbee (Fed de Chicago)
• 15h: Baker Hughes: poços de petróleo em operação na semana até 17 de novembro

-- Com informações da Bloomberg News

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