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Bloomberg Línea — Os investidores seguem repercutindo nesta quinta-feira (21) as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos no dia anterior.
Enquanto por aqui o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, cortou novamente a Selic em 0,50 ponto percentual, conforme o esperado por analistas do mercado financeiro, nos EUA o Federal Reserve optou por manter a taxa de juros inalterada no intervalo de 5,25% e 5,50%.
As atenções também estarão voltadas para decisões de juros na Europa e no Japão.
No cenário corporativo, o BTG Pactual (BPAC11) informou em comunicado que concluiu a aquisição, através de sua subsidiária, do FIS Privatbank, instituição financeira sediada em Luxemburgo.
Confira a seguir cinco destaques desta quinta-feira (21):
1. Repercussão do Copom
O Banco Central cortou novamente a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros para 12,75% ao ano. A decisão foi unânime entre os membros do Comitê.
Em comunicado, o Copom afirmou que “a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis” levaram à decisão.
O texto também afirmou que, “em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”.
Na avaliação de Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, o comunicado manteve a avaliação do cenário inflacionário otimista, mas destacou alguns pontos para cautela na condução da política monetária.
“A autoridade monetária admitiu que o grau de aquecimento da economia está maior que o esperado. Também, ressaltou a importância do cumprimento da meta primária definida para 2024 nas decisões de juros”, escreveu, em nota.
A Galapagos manteve sua projeção de Selic a 11,75% em dezembro, com a manutenção do ritmo de corte em 0,50 ponto percentual. A casa também manteve a expectativa de finalização do ciclo de corte no segundo semestre de 2024, com a Selic em 8,0% ao ano.
2. Fomc e falas de Powell
Ontem também foi dia de decisão de juros nos Estados Unidos, em que o Federal Reserve optou por manter a taxa inalterada, conforme esperado por analistas de Wall Street.
Apesar de não fazer mudanças, o banco central americano sinalizou que as taxas deverão ficar mais altas por mais tempo e deixou “a porta aberta” para um novo aumento este ano.
Projeções trimestrais atualizadas mostraram que a maioria dos funcionários favoreceu mais um aumento da taxa em 2023. Os formuladores de políticas também veem menos flexibilização no próximo ano, com a previsão mediana para a taxa do Fed Funds em 5,1% até o final do ano, ante 4,6% quando as projeções foram atualizadas pela última vez em junho.
Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que os membros do BC americano querem ter certeza de que a queda da inflação é um processo consistente antes de dizerem com todas as letras que o ciclo de alta dos juros já chegou ao fim.
3. Mercados
Os mercados acionários recuam na manhã desta quinta-feira, após sinalizações “hawkish” (favoráveis a juros mais altos) do banco central americano no dia anterior.
Por volta das 9h05 (horário de Brasília), os índices futuros de Wall Street recuavam: o S&P 500 caía 0,78%, enquanto o Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, cedia 1,06%.
Na Europa, em dia de decisão de juros do Banco da Inglaterra (BOE), as bolsas também caem, com baixa da ordem de 1% do índice Stoxx 600. Na Inglaterra, a libra caiu depois que o BOE optou por manter as taxas de juros inalteradas em meio a crescentes preocupações com a economia e sinais de que a inflação está recuando.
4. Manchetes dos principais jornais
Estadão: Julgamento do marco temporal no STF abre crise com o Congresso e esvazia projeto de lei
Folha de S. Paulo: Ministério Público de SP vai ao STF contra decisão de Toffoli que anulou provas de Odebrecht
O Globo: Concursos: governo quer elevar cotas raciais para 30%, com metade da reserva a mulheres negras
Valor Econômico: Analistas veem cenário menos favorável para cortes da Selic
5. Agenda
Na agenda do dia, destaque para a prévia da confiança do consumidor na zona do euro às 11h (horário de Brasília). Nos Estados Unidos, são divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego às 9h30, enquanto às 11h saem os dados de vendas de casas usadas.
-- Com informações da Bloomberg News
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