Bloomberg — As ações globais operam em queda nesta sexta-feira (12), enquanto os investidores avaliam até onde pode ir a alta recorde impulsionada pelas expectativas de cortes nos juros pelo Fed.
Os futuros do S&P 500 caíram 0,2% depois de todos os principais índices dos EUA terem atingido recordes na quinta-feira.
O Stoxx 600 da Europa também recuou. A Ásia foi a exceção, com o índice regional da MSCI se aproximando de uma máxima histórica após acompanhar o movimento de Wall Street.
Os Treasuries devolveram parte dos ganhos de quinta-feira, em linha com a fraqueza na Europa, e o rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA subiu dois pontos-base, para 4,04%.
O dólar se recuperou após duas sessões seguidas de queda. O ouro avançou acima de US$ 3.640 a onça.
As bolsas renovaram máximas históricas após uma série de dados desta semana apontarem para um mercado de trabalho pressionado e uma inflação relativamente contida, o que praticamente garante um corte de juros pelo Fed na reunião da próxima semana.
Agora, alguns questionam se ainda há espaço para o rali continuar, em meio à fraqueza sazonal e à persistente incerteza geopolítica.
Apostas em cortes do Fed
Bancos e ações sensíveis a juros se beneficiam, enquanto o S&P 500 marca novo recorde.Os preços dos swaps indicam que os traders esperam o equivalente a dois ou três cortes de 0,25 ponto percentual até o fim do ano, com alguns apostando em um corte mais agressivo de 0,5 ponto já na próxima semana.
Claudia Panseri, diretora de investimentos da UBS Wealth Management na França, alertou que os mercados estão chegando ao limite na precificação do apoio do Fed.
“Eu diria que o mercado está superestimando a dimensão dos cortes de juros ao longo dos próximos 12 meses”, disse. “Quanto à próxima semana, alguns investidores ficarão decepcionados se não houver um corte de 50 pontos-base, e eu não acredito que haverá.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de sexta-feira (12 de setembro):
- Sabadell rejeita oferta. O bilionário mexicano David Martinez, um dos maiores acionistas do banco disse que não aceitará a oferta de aquisição de US$ 18 bilhões do BBVA pelo preço atual. Analistas avaliam que o BBVA pode ter de elevar a oferta, já que o valor implícito está abaixo da cotação de mercado do grupo.
- Nova fronteira para IA. O chefe do laboratório de inteligência artificial da Alphabet, Demis Hassabis, disse que a inteligência artificial poderá reduzir o tempo de descoberta de novos medicamentos de anos para meses. A expectativa é que a tecnologia acelere o acesso a tratamentos contra câncer e doenças imunológicas.
- OpenAI recalcula rota. A companhia disse que está mais próxima de se tornar uma empresa com fins lucrativos mais tradicional, o que colocaria sob sua tutela mais de US$ 100 bilhões em ações, equivalentes a cerca de 20% da empresa. A mudança ainda enfrenta revisões regulatórias e a oposição de Elon Musk.

🔘 As bolsas ontem (11/09): Dow Jones Industrials (+1,36%), S&P 500 (+0,85%), Nasdaq Composite (+0,72%), Stoxx 600 (+0,55%), Ibovespa (+0,56%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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