Bloomberg Línea — As ações europeias recuavam nesta manhã de terça-feira (4), com investidores aguardando dados econômicos dos EUA e às vésperas de decisão do Banco Central Europeu na quinta-feira (6).
O Stoxx Europe 600 caía perto de 0,30% às 8h15 no horário de Londres, com ações de energia e telecomunicações ficando para trás. Entre os movimentos individuais, a Deutsche Telekom recuava depois que a Alemanha vendeu uma participação de € 2,5 bilhões (US$ 2,7 bilhões) na empresa.
Futuros em Nova York também recuavam, enquanto a cotação do petróleo do tipo Brent recuava quase 2%, para o patamar de US$ 73, dois dias depois de a Opep+ sinalizar o início de uma normalização na produção global a partir de outubro.
É amplamente previsto que o BCE corte as taxas de juros na quinta-feira, a primeira vez que se moverá à frente do Federal Reserve. Essas expectativas impulsionaram as ações europeias no mês passado, juntamente com uma temporada de resultados trimestrais melhor do que o esperado.
Ainda assim, alguns economistas acreditam que a inflação persistente, o rápido crescimento salarial e a surpreendentemente robusta produção da zona do euro limitarão o afrouxamento monetário após o corte desta semana pelo banco liderado por Christine Lagarde.
O sentimento econômico na Europa tem melhorado constantemente neste ano, mas nem de perto tão rápido quanto os preços das ações, o que cria um gap. Isso pode refletir sentimentos mistos dos investidores, divididos entre uma postura geral cautelosa e o medo de perder o rali.
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- Indústria de US$ 1 tri. Pat Gelsinger, CEO da Intel, disse que a tech americana está confiante em suas perspectivas para o mercado de chips para PCs na era de IA, em apresentação na Computex em Taiwan, e previu que o mercado de semicondutores pode chegar a US$ 1 trilhão na próxima década.
- Índia: apoio apertado. O índice de ações chegou a cair 8,5%, enquanto a rúpia se desvalorizou, com a indicação de maioria menos ampla do que prevista no parlamento ao primeiro-ministro Narendra Modi.
- Airbus negocia na China. A fabricante europeia pode acertar um dos principais contratos do ano para as maiores companhias aéreas do país asiático, um mês após a reunião de Xi Jinping com Emmanuel Macron.
(Com informações de Bloomberg News)