Bloomberg — As ações globais operam em alta nesta terça-feira (8), após o governo Trump ter adiado a implementação das tarifas para 1º de agosto.
Os futuros do S&P 500 subiram 0,1% após recuarem de uma máxima histórica na sessão anterior. As ações europeias mostraram pouca variação, enquanto um índice de ações asiáticas avançou.
Os títulos globais recuaram, com o rendimento dos Treasuries de 10 anos subindo dois pontos-base, para 4,40%. O dólar caiu 0,2%, retomando a tendência de baixa observada neste ano.
A estabilidade dos mercados nesta terça-feira reflete a confiança dos investidores em um padrão já conhecido: Trump eleva o tom na guerra comercial, mas posteriormente recua, apostando que eventuais tarifas serão estabelecidas em níveis que a economia global pode suportar. Na rodada mais recente, Trump disse que ainda está aberto a negociações e adiou o aumento das tarifas para, no mínimo, 1º de agosto.
“Os mercados acionários estão focados nas notícias positivas”, disse Wolf von Rotberg, estrategista de ações do Bank J. Safra Sarasin.
“A Europa está trabalhando para garantir um quadro de acordos com os EUA, e o prazo de 9 de julho foi adiado por mais um mês. O mercado aprendeu a focar nos fatos mais do que nos discursos.”
A União Europeia busca concluir nesta semana um acordo comercial preliminar com os EUA que permitiria manter a tarifa de 10% além de 1º de agosto, enquanto as partes negociam um acordo permanente.
Até agora, a economia americana tem resistido às ameaças de uma escalada na guerra comercial global. A criação de empregos segue saudável, e o S&P 500 atingiu uma máxima histórica na semana passada.
“Tudo isso parece uma estratégia de negociação da Casa Branca”, disse Michael Brown, estrategista sênior da Pepperstone Group, em Londres. “Mas esse antigo pilar da tese altista pode se tornar muito mais frágil, quanto mais tempo persistir esse grau atual de volatilidade nas políticas.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (8 de julho):
- Porsche ajusta estimativas. A montadora prevê queda nas vendas neste ano, após uma retração de 6% nas entregas globais no primeiro semestre, marcada por forte recuo na China e desaceleração nos EUA. “Esperamos que o ambiente continue desafiador”, disse Matthias Becker, membro do conselho da Porsche, em comunicado.
- LVMH traz novo executivo.A companhia de luxo nomeou Michael Burke para liderar suas operações nas Américas. Burke, veterano do grupo e aliado de longa data de Bernard Arnault, responderá diretamente ao CEO Stephane Bianchi. Ele também assumirá a presidência não executiva da Tiffany & Co.
- Crise no setor de chips. O lucro da Samsung caiu 56% no segundo trimestre, pressionado por baixas de estoque e restrições dos EUA a chips de IA destinados à China. A empresa perdeu espaço para a SK Hynix e a Micron no mercado de chips avançados. Apesar do resultado, investidores enxergam sinais de recuperação.

🔘 As bolsas ontem (07/07): Dow Jones Industrials (-0,94%), S&P 500 (-0,79%), Nasdaq Composite (-0,92%), Stoxx 600 (+0,44%), Ibovespa (-1,26%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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