Bloomberg — As ações globais operam em queda nesta quinta-feira (12), após o presidente Trump afirmar que pretende impor tarifas unilaterais a dezenas de parceiros comerciais americanos nas próximas semanas.
Os futuros do S&P 500 caíram 0,6%, colocando o índice de referência dos EUA no caminho para sua primeira sequência de perdas consecutivas neste mês. As bolsas da Europa e da Ásia também fecharam em baixa.
O dólar recuou 0,3%, aproximando-se do nível mais fraco desde 2022. Os rendimentos dos Treasuries caíram em toda a curva, antes de um leilão de US$ 22 bilhões em títulos de 30 anos, amplamente aguardado pelo mercado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou a incerteza comercial ao afirmar que pretende impor tarifas unilaterais a dezenas de parceiros comerciais americanos nas próximas semanas.
Paralelamente, as tensões no Oriente Médio ampliaram a aversão ao risco entre os investidores.
Esse clima de cautela está interrompendo a recuperação das ações nos EUA, que havia levado o S&P 500 a se aproximar de sua máxima histórica, mesmo com dúvidas persistentes sobre os impactos econômicos da agenda comercial de Trump.
Resultados corporativos resilientes e efeitos econômicos limitados têm sustentado a alta até agora, mas os traders começam a questionar até onde os ganhos podem ir.
“O S&P 500 pode enfrentar uma correção técnica moderada no curto prazo”, observou Linh Tran, analista de mercado da XS.
Trata-se de “uma pausa necessária após uma forte alta, permitindo que o mercado reavalie o impulso e confirme a força dos níveis de suporte.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quinta-feira (12 de junho):
- Bunge perto de aval. A trader agrícola está próxima de receber uma decisão das autoridades antitruste da China sobre a compra da Viterra por US$ 8,2 bilhões, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.
- Tencent avança sobre games. A empresa estuda a compra da desenvolvedora de games Nexon por cerca de US$ 15 bilhões, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg News. A chinesa já tentou adquirir a Nexon em 2019 e, recentemente, investiu na SM Entertainment.
- Mercado de aviões. A Airbus prevê que a frota global de aeronaves comerciais dobrará de tamanho, chegando a quase 50.000 aviões nos próximos 20 anos, impulsionada pelo rápido crescimento de mercados como o da Índia. A China será o maior em termos de capacidade até lá.

🔘 As bolsas ontem (11/06): Dow Jones Industrials (-0,01%), S&P 500 (-0,27%), Nasdaq Composite (-0,50%), Stoxx 600 (-0,27%), Ibovespa (+0,51%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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