Trump escala ataque a Harvard e anuncia novo corte de US$ 450 milhões em verbas

Corte é a mais recente escalada em uma luta em que as autoridades dos EUA tentam exercer controle sobre a escola mais antiga e mais rica dos EUA

O governo dos EUA já bloqueou mais de US$ 2,2 bilhões em financiamento federal para Harvard, criticando a resposta da escola ao aumento do antissemitismo no campus após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023
Por Akayla Gardner
13 de Maio, 2025 | 12:47 PM

Bloomberg — O governo do presidente Donald Trump anunciou o corte de mais US$ 450 milhões em subsídios para a Universidade Harvard. O corte é a mais recente escalada em uma luta em que as autoridades dos EUA tentam exercer controle sobre a escola mais antiga e mais rica dos EUA.

A decisão foi anunciada em uma carta de funcionários da Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Antissemitismo do governo na terça-feira (13), que criticou a universidade por não enfrentar a “discriminação racial generalizada e o assédio antissemita”.

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“O campus de Harvard, que já foi um símbolo de prestígio acadêmico, tornou-se um terreno fértil para a sinalização de virtude e discriminação. Isso não é liderança; é covardia. E não é liberdade acadêmica; é privação de direitos institucional”, escreveram as autoridades.

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O governo Trump já bloqueou mais de US$ 2,2 bilhões em financiamento federal para Harvard, criticando a resposta da escola ao aumento do antissemitismo no campus após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

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A Casa Branca também perseguiu faculdades como Columbia, Princeton, Cornell e Northwestern, expandindo suas críticas para seus esforços de diversidade, mas nas últimas semanas concentrou sua atenção em Harvard e seus supostos preconceitos democratas. O presidente Donald Trump tem sugerido repetidamente que o Internal Revenue Service revogue o status de isenção de impostos de Harvard, alegando atividades políticas.

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A escola de Cambridge, Massachusetts, por sua vez, está processando o governo Trump por causa das exigências que o governo fez sobre suas políticas acadêmicas e disciplinares, argumentando que elas infringiriam a liberdade de expressão e sua missão educacional.

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Na segunda-feira (12), o presidente de Harvard, Alan Garber, escreveu à secretária de Educação, Linda McMahon, para negar sua alegação de que a escola tem um viés político partidário e alertando que o “exagero” do governo está ameaçando as liberdades fundamentais.

A carta de Garber descreveu as mudanças recentes em Harvard, incluindo revisões nos procedimentos disciplinares, ações para combater o antissemitismo e esforços para incentivar a liberdade de pensamento e expressão.

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“Os esforços de Harvard para atingir esses objetivos são prejudicados e ameaçados pelo excesso do governo federal em relação às liberdades constitucionais das universidades privadas e sua contínua desconsideração da conformidade de Harvard com a lei”, escreveu Garber.

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