Trump diz que enviará cartas sobre tarifas comerciais para mais de 150 países

Depois de desencadear uma nova rodada de ameaças tarifárias, presidente americano diz que notificará mais países sobre impostos de importação

Donald Trump
Por Josh Wingrove - Kate Sullivan
16 de Julho, 2025 | 02:46 PM

Bloomberg — O presidente Donald Trump disse que enviará cartas a mais de 150 países notificando-os sobre as tarifas, à medida que avança com uma agenda comercial que fez com que os parceiros dos Estados Unidos corressem para evitar impostos de importação mais altos.

“Teremos bem mais de 150 países para os quais enviaremos uma notificação de pagamento, e a notificação de pagamento dirá qual será a tarifa”, disse Trump a repórteres nesta quarta-feira (16) na Casa Branca. “Será a mesma coisa para todos, para esse grupo.”

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“Não são países grandes e não fazem muitos negócios”, acrescentou Trump sobre os parceiros comerciais que receberiam as próximas cartas.

Leia também: Tarifas de Trump deixaram de ter relação apenas com o comércio exterior

Nos últimos dias, Trump desencadeou uma enxurrada de exigências tarifárias, informando outras economias sobre novas tarifas que entrarão em vigor em 1º de agosto, caso não consigam negociar termos melhores com os EUA.

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As cartas estenderam o prazo inicialmente previsto para 9 de julho por mais três semanas, desencadeando uma corrida para os parceiros comerciais que buscam evitar tarifas mais altas.

Embora Trump e seus assessores tenham expressado inicialmente a esperança de garantir vários acordos com os parceiros comerciais, o presidente tem promovido as próprias cartas tarifárias como “acordos” e sugerido que ele não está interessado em negociações de ida e volta.

Ainda assim, Trump deixou a porta aberta para que os países façam acordos que possam reduzir essas tarifas.

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As taxas impostas até o momento são, em grande parte, semelhantes àquelas que Trump ameaçou em abril e que foram rapidamente suspensas após a volatilidade do mercado, mas as cartas injetaram mais incerteza nos mercados financeiros e surpreenderam parceiros como a União Europeia, que esperavam concluir acordos provisórios com os EUA.

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