Mais que amigos: Elon Musk retorna à Casa Branca em jantar com Cristiano Ronaldo

Seis meses após farpas públicas com Donald Trump, homem mais rico do mundo foi um dos convidados do jantar de gala em homenagem ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, que contou com CEOs de techs e investidores bilionários

Cristiano Ronaldo tira selfie em jantar de gala na Casa Branca em 18 de novembro de 2025, ao lado de personalidades como Elon Musk, Howard Lutnick, Greg Brockman e David Sacks (Foto: Reprodução/X)
Por Gregory Korte
19 de Novembro, 2025 | 10:45 AM

Bloomberg — Elon Musk retornou à Casa Branca na noite de terça-feira (18), em um sinal de que as tensões entre o presidente Donald Trump e o homem mais rico do mundo diminuíram desde que uma “feroz” divisão sobre o fim de incentivos para carros elétricos em maio rompeu o relacionamento outrora passional.

Musk foi convidado para um jantar de gala em homenagem ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, um dos muitos titãs dos negócios convidados, em lista que Tim Cook, David Ellison, Marc Benioff, Bill Ackman e Jensen Huang.

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Outros presentes na sala incluíam o astro do esporte Cristiano Ronaldo e líderes políticos republicanos, incluindo o vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson.

Em dado momento, Cristiano Ronaldo, que tem 668 milhões de seguidores no Instagram, tirou uma selfie que já se tornou uma das mais icônicas dos tempos atuais, com sua mulher, Georgina Rodríguez, Elon Musk, Gianni Infantino, presidente da FIFA, Howard Lutnick (secretário do Comércio) e sua mulher, Allison, Greg Brockman, cofundador e presidente da OpenAI e David Sacks, investidor de venture capital, que foi chamado no fim de 2024 de “czar das criptos e de IA” por Trump.

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Elon Musk no jantar de gala no Salão Leste da Casa Branca na noite de terça-feira (18) (Foto: Anna Rose Layden/Politico/Bloomberg)

A influência política de Musk diminuiu desde que atingiu seu ápice com Trump no início deste ano, quando seu então criado Departamento de Eficiência Governamental atuou como executor de cortes de custos do governo.

Ele foi o maior contribuinte financeiro individual na eleição de 2024, com quase todos os seus gastos em apoio a Trump.

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Sua incursão política de meses prejudicou a Tesla, com muitos consumidores associando os carros elétricos à política de direita e investidores preocupados que seu tempo em Washington o estivesse distraindo de continuar a inovar na companhia.

Musk deixou a Casa Branca no fim de maio e logo se envolveu em um desentendimento público com Trump por causa do projeto de lei de corte de impostos do presidente, que reduz os incentivos fiscais para a compra de carros elétricos - e isso levou a uma escalada de agressões verbais.

Donald Trump discursa durante o jantar no Salão Leste da Casa Branca na noite de terça (18) (Foto: Anna Rose Layden/Politico/Bloomberg)

O próprio Musk se mostrou desanimado à época com sua experiência na política.

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Ele chegou a ameaçar criar um terceiro partido para desafiar o “duopólio” democrata e republicano, e disse à Bloomberg News que já havia “feito o suficiente” ao contribuir com candidatos republicanos.

Vários políticos, incluindo Vance, trabalharam desde então para encontrar maneiras de trazer Musk de volta ao Partido Republicano.

A presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse que Musk tem ampla margem de manobra em relação a futuros compromissos eleitorais, desde que cumpra as metas de desempenho vinculadas ao seu pacote de remuneração de US$ 1 trilhão, o maior da história.

-- Com a colaboração de Meghashyam Mali.

-- Com informações da Bloomberg Línea.

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