Em linha com Trump, México estuda aplicar tarifas sobre a China e outros países

Presidente Claudia Sheinbaum diz que o governo avalia novas taxas de importação a países com os quais o México não tem tratado de comércio; medidas fazem parte de um programa para promover a indústria

Claudia Sheinbaum, Mexico's president, speaks during a news conference at the National Palace in Mexico City, Mexico, on Thursday, Dec. 5, 2024. Mexico is expected to launch a response to the Trump administration 25% tariff threats, with levies of its own, warning the economic consequences would be dire. Photographer: Stephania Corpi/Bloomberg
Por David Alire Garcia - Amy Stillman
04 de Setembro, 2025 | 02:51 PM

Bloomberg — O México considera a possibilidade de impor novas tarifas a países com os quais não tem acordo comercial, incluindo a China, disse a presidente Claudia Sheinbaum durante sua coletiva de imprensa matinal na quinta-feira (4).

Os novos impostos fariam parte do chamado “Plano México”, um programa do governo destinado a promover a indústria nacional e o desenvolvimento industrial.

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“Estamos considerando as tarifas como parte do Plano México, que propusemos desde que assumimos o cargo”, disse Sheinbaum. A China está entre os países que não têm um acordo com o México, “mas não é o único”, acrescentou.

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Sheinbaum disse que os setores afetados pelas novas tarifas serão divulgados oportunamente. Ela não especificou as tarifas em questão ou um prazo para detalhes adicionais.

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O governo mexicano planeja aumentar as tarifas sobre alguns países asiáticos, incluindo a China, como parte de sua proposta orçamentária para 2026, prevista para este mês, informou a Bloomberg News na semana passada.

Os impostos adicionais - que abrangeriam uma ampla gama de produtos, incluindo automóveis, têxteis e plásticos - têm como objetivo proteger as empresas do país contra importações baratas.

As tarifas também atenderiam a uma demanda de longa data do presidente Donald Trump em meio ao agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

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A proposta preliminar do governo da presidente Claudia Sheinbaum está programada para ser enviada ao Congresso até 8 de setembro.

Embora o plano orçamentário precise da aprovação do poder legislativo, o partido de Sheinbaum e seus aliados detêm maioria de dois terços em ambas as casas, o que provavelmente limitará as alterações feitas pelos legisladores.

-- Com colaboração de Kelsey Butler.

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