Após EUA, traders reduzem apostas em cortes dos juros na Europa este ano

Contratos de swap mostram que menos de quatro cortes de 0,25 p.p. estão precificados até o fim de 2024, abaixo dos até sete no final do ano passado

A nova precificação foi atenuada após dados de manufatura na Alemanha
Por James Hirai - Alice Gledhill
22 de Fevereiro, 2024 | 08:35 AM

Bloomberg — Os traders estão apostando que o Banco Central Europeu (BCE) fará cortes de juros de menos de um ponto percentual este ano, reduzindo as projeções para o menor nível desde dezembro.

Contratos de swap mostram que menos de quatro cortes de 0,25 p.p. estão precificados até o final de 2024, abaixo dos até sete no final do ano passado. A primeira redução é esperada até junho, com uma chance de um em três de um movimento anterior até abril.

O euro subiu e os títulos caíram à medida que o mercado reavaliava as novas perspectivas.

As movimentações ocorreram depois que dados franceses de serviços e manufatura superaram as expectativas dos economistas, o mais recente sinal de resiliência econômica que forçou os investidores a reconsiderar a quantidade de flexibilização que os principais bancos centrais estão prestes a entregar.

PUBLICIDADE

A nova precificação foi atenuada depois que os dados da Alemanha – a maior economia da zona do euro – mostraram que uma desaceleração na manufatura se aprofundou inesperadamente em fevereiro.

A moeda comum subiu para o nível mais alto desde 2 de fevereiro, enquanto o rendimento dos títulos alemães de 10 anos subiu até seis pontos base para 2,51% – uma nova alta para este ano.

“Acredito que 100 pontos-base são o mínimo absoluto este ano e a queda na manufatura da Alemanha, se não for abordada, poderia causar sérios problemas estruturais no médio prazo”, disse Geoff Yu, estrategista sênior da BNY Mellon.

PUBLICIDADE

“É algo que o BCE percebe, mas a inflação de serviços se recusa a diminuir e eles estão especialmente focados nisso, o que poderia ser um erro de política monetária.”

Veja mais em bloomberg.com

Leia também:

PIB brasileiro surpreende, mas cresce sem avanço estrutural, aponta BNP Paribas

Gestores que apostaram em impacto negativo de Lula no BB perderam rali de 76%