Bloomberg Línea — Jorge Bischoff, proprietário da famosa marca de calçados e acessórios que leva seu nome e conta com 140 lojas no Brasil, decidiu recentemente trocar sua primeira embarcação por um modelo mais novo da Azimut Yachts.
O empresário, que possui apartamento em Balneário Camboriú próximo à marina, comprou uma Azimut 56 usada há três anos e agora aguarda a entrega de uma nova Fly 56 com acabamentos personalizados.
A entrada de Bischoff no mundo náutico começou como convidado em embarcações de amigos, experiência que despertou seu interesse. Quando decidiu comprar um apartamento na “Dubai brasileira”, escolheu deliberadamente um imóvel próximo à marina para facilitar o acesso às atividades náuticas.
“Na verdade o apartamento foi a desculpa para poder viver nesse mundo do qual eu gosto muito”, contou o empresário à Bloomberg Línea.
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A primeira embarcação foi adquirida de um amigo de Curitiba que também possuía apartamento na região. Bischoff relatou que sempre manifestava interesse em comprar aquela embarcação específica quando navegava como convidado, até que a oportunidade se concretizou três anos depois.
A estratégia de Bischoff foi começar com uma embarcação usada para ganhar experiência antes de investir em um modelo novo personalizado.
O empresário estabeleceu parceria com a Azimut após conhecer a equipe do estaleiro e admirar os acabamentos das embarcações.
Durante o lançamento do novo modelo 56 em São Paulo, Bischoff decidiu pela troca por causa do design externo e da cor verde lançada exclusivamente naquele modelo.
A negociação da nova embarcação foi concluída durante uma conversa telefônica noturna entre Bischoff, quando estava em sua casa em Igrejinha, no interior do Rio Grande do Sul, e Francesco Caputo, CEO da Azimut Brasil.
Bischoff trabalha com uma arquiteta da Azimut na personalização dos acabamentos internos, processo que considera mais simples do que customizar um automóvel de luxo. O empresário optou por manter o design externo inalterado e colocou foco nas modificações nos detalhes internos da embarcação.
‘Se preocupa com gastos? Não compre’
A experiência como proprietário de embarcação trouxe custos fixos que Bischoff comparou com a manutenção de uma residência de alto padrão.
O empresário contratou marinheiro, paga taxas de marina e custos de manutenção, além dos gastos operacionais durante o uso da embarcação.
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Para Bischoff, a decisão de comprar uma embarcação desse padrão - com preço estimado na faixa de R$ 16 milhões e cujo valor final depende de especificações como escolhas de acabamentos - deve ser tomada quando o futuro proprietário está preparado financeiramente para assumir os custos permanentes.
“Se você comprar preocupado com quanto você vai gastar, não compre”, disse o empresário, que também traçou paralelos em ter se tornado proprietário de um iate com a compra de um automóvel de luxo ou a de um avião: são conquistas graduais na trajetória pessoal que começou com seu primeiro carro na juventude.
O empresário utiliza a embarcação praticamente todos os dias quando está em Balneário Camboriú, aproveitando a proximidade entre seu apartamento e a marina. A rotina inclui manter bebidas, alimentos e utensílios pessoais permanentemente a bordo, o que facilita o uso frequente.
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“Está lá a minha colher [bomba] de chimarrão, a minha cafeteira, está tudo dentro do barco”, exemplificou sobre como deixa o iate preparado.
As navegações de Bischoff incluem destinos como Sepultura e outras praias da região, com planos de estender as viagens até Florianópolis, onde possui amigos.
O empresário também considera a possibilidade de transferir a embarcação para Angra dos Reis durante o inverno, utilizando-a em fins de semana prolongados.
A questão da disponibilidade de vagas em marinas aparece como um desafio logístico relevante para proprietários de embarcações.
Bischoff contou que conseguiu uma vaga na marina Tedesco por meio de contatos estabelecidos antes da compra da primeira embarcação, o que demonstra a importância do planejamento antecipado.
A vida social de quem tem um iate
A vida social das atividades náuticas representa uma parte importante da experiência, na visão de Bischoff.
“Acredito que o grande segredo do barco são os amigos”, resumiu o empresário sobre a importância do convívio social nas navegações. Ele destacou que embarcações se aproximam naturalmente umas das outras no mar e em marinas, o que cria espontaneamente novos vínculos.
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Bischoff não pratica pesca atualmente, mas contou que tem interesse em começar essa atividade na nova embarcação. O empresário relacionou a experiência náutica com sua proximidade à natureza, aspecto que também influencia o ambiente de trabalho em sua empresa.
Para potenciais compradores de “primeira viagem”, Bischoff recomendou avaliar primeiro onde a embarcação será utilizada, considerando limitações geográficas como calado de águas rasas. O empresário sugere conversar com especialistas do setor e, mais uma vez, dispor de condições financeiras para os custos envolvidos.
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