‘Diddy’ é absolvido de extorsão e tráfico sexual, mas sofre outras condenações

Sean Combs, antes conhecido como Puffy Daddy, foi absolvido nesta quarta das principais acusações por um júri no tribunal federal de Manhattan e escapou de prisão perpétua; mas pode pegar até 20 anos de cadeia por transporte de prostitutas

Sean Combs no Festival de Cannes em 2012: ele foi a júri nos EUA por acusações relacionadas a crimes sexuais (Foto: Gareth Cattermole/Getty Images)
Por Mike Vilensky
02 de Julho, 2025 | 12:24 PM

Bloomberg — Sean “Diddy” Combs, anteriormente conhecido como Puff Daddy and P. Diddy, foi absolvido nesta quarta-feira (2) das principais acusações de extorsão e tráfico sexual, mas condenado por acusações de transporte de prostitutas.

O veredicto significa que Combs, rapper e produtor musical famoso, escapou da possibilidade de uma sentença de prisão perpétua, embora ainda possa pegar um máximo de 20 anos de cadeia pelas duas acusações de prostituição.

PUBLICIDADE

O júri de 12 pessoas no tribunal federal de Manhattan, em Nova York, deu o veredicto misto após três dias de deliberações.

Leia mais: Caso Epstein: lista revelada cita de ex-presidentes a celebridades e um príncipe

A decisão veio depois de um julgamento de sete semanas, durante o qual os promotores disseram que Combs dirigia uma empresa criminosa e forçava as mulheres a participarem de festas sexuais com acompanhantes, que duravam dias inteiros e eram alimentadas por drogas.

PUBLICIDADE

A defesa argumentou que o governo exagerou sobre o comportamento de Combs e criminalizou relacionamentos consensuais, embora complicados.

A condenação por transportar uma prostituta para além das fronteiras estaduais decorre de alegações de que Combs pagava a profissionais do sexo para irem às suas festas de “aberração”. Cada acusação tem pena máxima de 10 anos.

A absolvição por extorsão, cuja pena máxima era de prisão perpétua, decorreu de alegações de que Combs conspirou com guarda-costas e parceiros comerciais para cometer vários crimes, inclusive sequestro, incêndio criminoso, suborno e distribuição de drogas.

PUBLICIDADE

Essa acusação tem sido historicamente usada para derrubar chefes da máfia como John Gotti.

Leia mais: George Santos, brasileiro eleito deputado nos EUA, é condenado a sete anos de prisão

O caso de extorsão do governo incluiu uma alegação de que Combs conspirou com outros para explodir o carro do rapper rival Scott “Kid Cudi” Mescudi em um ataque de ciúmes por causa do relacionamento de Mescudi com uma ex-namorada de Combs, a cantora Cassie Ventura.

PUBLICIDADE

Outra parte do caso foi centrada em uma alegação de que Combs conspirou para subornar um segurança de hotel para enterrar um vídeo de vigilância que o mostrava batendo em Ventura.

As duas absolvições por tráfico sexual decorrem de alegações de que Combs coagiu duas mulheres, Ventura e uma pseudônima Jane Doe, a participarem dos chamados “freak-offs”.

Ventura testemunhou que concordou em participar das festas porque temia as explosões violentas de Combs e o controle dele sobre suas finanças e carreira, mas os jurados não foram persuadidos por seu testemunho para condenar Combs.

- Em atualização.

Veja mais em bloomberg.com

©2025 Bloomberg L.P.