Bloomberg — A Caterpillar espera vendas ligeiramente menores este ano, se as tarifas do governo Trump permanecerem em vigor e a economia entrar em recessão no segundo semestre.
A orientação, em linha com as expectativas anteriores, veio no momento em que a fabricante de equipamentos pesados divulgou lucros do primeiro trimestre que ficaram aquém das estimativas dos analistas.
A empresa pintou dois cenários em sua apresentação de resultados, prevendo que o lucro operacional estaria dentro de sua meta anual, se fossem levadas em conta as tarifas e uma recessão.
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Sem os impostos, o lucro estaria na extremidade superior dessa faixa, com as vendas pouco alteradas em relação ao ano passado, disse a Caterpillar.
Os resultados da Caterpillar - um termômetro para a saúde da economia global - ocorrem em um momento em que as empresas de todo o mundo enfrentam a turbulência desencadeada pelas tarifas abrangentes ameaçadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Essa incerteza deixou muitos executivos com dificuldades para prever como será a demanda até o fim do ano.
A Caterpillar disse que espera um custo adicional de US$ 250 milhões a US$ 350 milhões no segundo trimestre devido às tarifas, “líquido das ações iniciais de mitigação e controles de custos”.
As ações da empresa subiram até 2,2% nas negociações pré-mercado em Nova York.
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A empresa registrou lucro ajustado por ação de US$ 4,25, não atingindo a estimativa média de US$ 4,32 dos analistas consultados pela Bloomberg, com a empresa citando um volume de vendas menor, impulsionado principalmente pelo impacto das mudanças nos estoques das concessionárias.
“Embora a perda de EPS/receita pareça decepcionante, a essência do relatório/perspectiva não é tão ruim assim”, disseram analistas da Vital Knowledge em uma nota na quarta-feira.
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