China proíbe todas as importações de aves do Brasil após caso de gripe aviária

País já havia suspendido as importações de frango por 60 dias, e agora estendeu a medida a todos os produtos de aves; bloqueio coloca em xeque comércio de mais de US$ 1 bilhão

Criação de frango
Por Hallie Gu
31 de Maio, 2025 | 12:08 PM

Bloomberg — A China proibiu as importações de todos os produtos de aves do Brasil após um surto de gripe aviária ter sido detectado no países, que é o maior exportador mundial, interrompendo um comércio no valor de mais de US$ 1 bilhão.

As importações diretas e indiretas de todos os produtos avícolas e relacionados do Brasil estão proibidas para prevenir a importação da gripe aviária, disse a agência alfandegária da China em comunicado publicado na sexta-feira (30) à noite.

PUBLICIDADE

A agência também disse que todas as plantas e resíduos animais vindos do Brasil devem passar por desinfestação.

Leia também: Gripe aviária desafia o agro brasileiro e coloca em risco mercado de US$ 4 bilhões

A proibição abrangente da China, o maior comprador de carne de frango brasileira, prejudica as perspectivas para as exportações do país.

PUBLICIDADE

Isso ocorrer mesmo enquanto as duas nações trabalham para fortalecer as relações em meio à guerra comercial global em curso lançada pelo presidente americano Donald Trump.

No início deste mês, a China e a União Europeia suspenderam por 60 dias as importações de frango do Brasil após o primeiro caso de influenza aviária altamente patogênica ter sido relatado em uma fazenda comercial no Rio Grande do Sul.

O Brasil, responsável por cerca de um terço das exportações mundiais de carne de frango, enviou mais de 10% de seus produtos para a China em 2024, segundo dados do Departamento de Agricultura.

PUBLICIDADE

O comércio bilateral valeu cerca de US$ 1,5 bilhão em 2024, de acordo com dados da alfândega chinesa.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

PUBLICIDADE

Gripe aviária: FAO teme aumento dos preços do frango e de ovos na América Latina

Agro brasileiro domina produção de bioinsumos. E agora quer avançar pelo exterior