China importa farelo de soja argentino pela primeira vez em meio a tensões com os EUA

O carregamento de 30.000 toneladas foi negociada a cerca de US$ 360 a tonelada, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg news, o que é visto como um teste antes da colheita americana

Esta é a primeira compra desde que Pequim autorizou as importações do produto da Argentina em 2019
Por Alfred Cang - Hallie Gu
26 de Junho, 2025 | 02:39 PM

Bloomberg — A China encomendou um raro carregamento de farelo de soja da Argentina, enquanto o país busca garantir o fornecimento de um ingrediente essencial para ração animal em meio à guerra comercial em curso com os Estados Unidos.

Várias tradings e produtores de ração chineses encomendaram conjuntamente a carga do maior exportador mundial de farelo e óleo de soja como uma remessa experimental, de acordo com fontes com conhecimento do acordo ouvidas pela Bloomberg News. Esta é a primeira compra desde que Pequim autorizou as importações do produto da Argentina em 2019, disseram as fontes.

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O carregamento de 30.000 toneladas deve sair da Argentina em julho e chegar à província de Guangdong, no sul da China, em setembro, disseram as fontes, que pediram anonimato por se tratar de acordos privados. A carga foi negociada a cerca de US$ 360 a tonelada, incluindo o frete, de acordo com as fontes.

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Embora o volume seja pequeno, a compra é vista como um teste antes do quarto trimestre, quando a soja dos EUA geralmente domina o mercado global após a colheita americana. A China normalmente depende de importações de soja em grão, que é esmagada internamente para produzir farelo para ração animal, bem como óleo de cozinha.

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Em um esforço para evitar as safras americanas durante a guerra comercial com Washington, Pequim buscou uma série de outros fornecedores. O país asiático também importou um volume mensal recorde de soja brasileira em maio.

A China este ano impôs tarifas retaliatórias sobre uma série de produtos agrícolas americanos, incluindo a soja. Após conversas no início deste mês, os EUA disseram que os dois lados haviam concordado com uma estrutura comercial, um passo potencial para resolver as disputas tarifárias e aliviar as tensões. No entanto, muitos detalhes permanecem obscuros.

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