China avalia retomar importações de trigo americano após trégua comercial com Trump

O interesse chinês impulsionou os futuros do trigo em Chicago nesta manhã, que atingiram o maior valor desde julho com a perspectiva de retomada das compras

Gigante asiático não compra trigo americano desde o início de outubro do ano passado, de acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) (Foto: Daniel Acker/Bloomberg via Getty Images)
Por Hallie Gu
03 de Novembro, 2025 | 12:25 PM

Bloomberg — A China estuda voltar a adquirir trigo dos EUA, no que seria a primeira compra em mais de um ano, após a trégua comercial da semana passada entre as duas nações.

Um grande importador de grãos da maior economia da Ásia fez consultas durante o fim de semana para cargas dos EUA com carregamento de dezembro a fevereiro, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem citadas, pois não estão autorizadas a falar com a mídia.

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A China não compra trigo americano desde o início de outubro do ano passado, de acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos EUA, e as consultas foram feitas depois que o país asiático retomou as compras de soja dos EUA na semana passada. Os futuros do trigo em Chicago subiram cerca de 1,8% na segunda-feira, atingindo o maior valor para um contrato mais ativo desde julho.

(Fonte: CBOT)

Pequim se comprometeu a abrir seu mercado para as exportações agrícolas dos EUA, de acordo com um informativo divulgado pela Casa Branca no fim de semana, após a reunião entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping na Coreia do Sul na quinta-feira. A China também removerá as tarifas sobre o trigo americano impostas em março, informou o governo dos EUA.

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A China também divulgou uma declaração após a cúpula, dizendo que havia chegado a um consenso com os EUA sobre a expansão do comércio agrícola, mas não forneceu detalhes.

O aparente interesse renovado nos carregamentos dos EUA ocorre no momento em que as importações gerais de trigo da China caíram para menos de um terço nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2024, uma vez que Pequim tentou aumentar os preços internos devido à demanda lenta e à ampla oferta.

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--Com a ajuda de Pyotr Kozlov.

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