Cinco coisas que você precisa saber para começar esta terça-feira, 17 de junho

Congresso sinaliza que vai barrar aumento de imposto; Geopolítica pesa sobre a Embraer e mais

Hugo Motta
17 de Junho, 2025 | 08:57 AM

Os futuros de ações dos EUA operavam em queda e o petróleo WTI em alta nesta manhã terça-feira (17), após o presidente Donald Trump ter pedido a evacuação de Teerã, em declarações que contrastaram com o otimismo anterior de que as tensões entre Israel e Irã não evoluiriam para um conflito mais amplo.

Os contratos do S&P 500 caíram 0,5% após os comentários de Trump em uma postagem nas redes sociais feita durante a cúpula do G-7 em Alberta, no Canadá. Não ficou claro a que ele se referia, mas horas antes, Trump havia dito que o Irã queria negociar.

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O presidente dos EUA encurtou sua participação no encontro e afirmou que seu retorno a Washington “não tem nada a ver” com um possível cessar-fogo.

Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (17 de junho):

1. Congresso sinaliza que vai barrar aumento de imposto

Os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sustentar o orçamento do Brasil estão à beira de outro revés, depois que o Congresso avançou em um esforço para impedir que os aumentos de impostos sobre algumas transações financeiras entrem em vigor.

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Leia também: Congresso sinaliza que vai barrar aumento de imposto: ‘esperamos corte de gastos’

Na segunda-feira, a Câmara dos Deputados aprovou por 346 votos a 97 um pedido de urgência para anular um decreto governamental que aumenta os chamados impostos de IOF.

A medida processual abre a porta para a votação em plenário de uma proposta para cancelar a medida.

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No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta, que inicialmente apoiou os planos do governo antes de reverter o curso na semana passada, prometeu convocar essa votação nas próximas semanas e não imediatamente, de acordo com duas autoridades do governo e um legislador aliado com conhecimento da situação.

2. Geopolítica pesa sobre a Embraer

A política de vendas de aeronaves foi exibida em sua plenitude no mês passado, quando o presidente Donald Trump, em turnê pelo Oriente Médio, ajudou a trazer para casa o maior pedido de aeronaves de grande porte da história da Boeing.

No primeiro dia da Paris Air Show, uma das maiores feiras da aviação, a conexão entre os negócios e a diplomacia veio à tona mais uma vez, depois que a Airbus superou a rival Embraer para conquistar um compromisso da Polônia.

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A principal companhia aérea da Polônia, a LOT Polish Airlines, comprometeu-se a comprar 40 jatos da europeia Airbus A220 e, potencialmente, elevar o pedido para 84 unidades, em valor que chega a US$ 2,7 bilhões. O anúncio envolveu autoridades dos dois países.

A escolha da Airbus marcou uma reversão estratégica para a LOT, que há muito tempo constrói sua frota com aeronaves da Boeing e da Embraer. A LOT disse que, em vez disso, eliminaria gradualmente seus jatos do Brasil da frota.

“Entendemos que estamos vivendo em um momento excepcional em que a geopolítica desempenha um papel importante”, disse a Embraer em um comunicado, citando uma economia de “milhões de euros” que a companhia aérea polonesa deixará de fazer com a decisão de troca.

⇒ Leia mais: Embraer perde contrato bilionário para Airbus: ‘geopolítica tem papel importante’

3. Mercados

O petróleo Brent operava com alta de 1,3%, após oscilar entre ganhos e perdas. Ouro, dólar e os títulos do Tesouro dos EUA pouco se alteraram.

As mudanças no sentimento do mercado continuaram na terça-feira, à medida que investidores avaliavam os riscos de uma escalada nas hostilidades e uma ampliação do conflito.

A atenção dos investidores está especialmente voltada para os preços do petróleo, uma vez que a commodity, que vinha rondando níveis vistos na pandemia, passou a representar uma fonte inesperada de pressão inflacionária.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Trump terá de escolher entre diplomacia e apoio a Israel que envolverá EUA na guerra; leia análise

Folha de São Paulo: Com urgência contra IOF, Lula sofre derrota na Câmara com o apoio em massa de siglas com 12 ministérios

Valor Econômico: Executivos de ‘Valor’ miram horizonte longo, mas de olho em juro, inflação e cenário global

O Globo: Partidos com ministérios deram 65% dos votos da urgência para derrubar decreto do IOF

5. Agenda

Brasil

  • 05:00: IPC (2a Quadrissemana) (MoM %)

Japão

  • Definição da taxa de juros

EUA

  • 09:30: Vendas do Varejo (MoM % a.s.)
  • 10:15: Produção Industrial (MoM % a.s.)

-- Com informações da Bloomberg News.