Santander acirra disputa por super-ricos com nova bandeira no Brasil e em Miami

Banco espanhol tem montado multifamily offices independentes sob a marca Beyond Wealth, segundo pessoas que falaram à Bloomberg News; clientes terão que contar com € 50 milhões em ativos

Serviços devem chegar a Miami, Suíça e Brasil após o lançamento global na Espanha, segundo fontes (Foto: Angel Garcia/Bloomberg)
Por Macarena Munoz Montijano
28 de Maio, 2025 | 12:59 PM

Bloomberg — O Santander é o mais novo banco a entrar na disputa pelos super-ricos, com foco também na América Latina. Sua ofensiva começa com novos serviços de wealth planning em Miami, na Suíça e no Brasil após o lançamento global na Espanha nesta quarta-feira (28).

O banco espanhol tem montado multifamily offices independentes sob a marca Beyond Wealth, disseram pessoas familiarizadas com os planos que falaram à Bloomberg News.

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A unidade espanhola da Beyond Wealth já está registrada e conta com dez funcionários, que cobram dos clientes taxas anuais de pelo menos € 100.000 (US$ 114.000) pelos serviços de consultoria, disseram as fontes, que pediram anonimato por se tratar de informações internas.

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Javier Lafarga, que ingressou no Santander neste ano vindo do CaixaBank, será o CEO da Beyond Wealth na Espanha.

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Esta é a primeira vez que o Santander oferece esse tipo de negócio no país, com o objetivo de atender tanto clientes atuais quanto conquistar novos, segundo as fontes.

O banco já oferece alguns desses serviços na Suíça e no Brasil.

A Beyond Wealth pretende atingir o breakeven em seus resultados e ter cerca de € 10 bilhões em patrimônio sob assessoria financeira em três anos, afirmaram as fontes.

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Os clientes que se qualificarem para esse serviço deverão possuir cerca de € 50 milhões em ativos.

O Santander auxiliará os clientes com seus ativos financeiros, imobiliários, corporativos e filantrópicos, mas não fará a gestão dos recursos, portanto, não concorre com o negócio de private banking existente do grupo, disseram as fontes.

O Santander vem reorganizando as operações de private banking desde que nomeou, no ano passado, Javier Garcia-Carranza como chefe global de sua divisão de wealth management e seguros.

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A unidade conta com cerca de € 511 bilhões em ativos sob gestão e responde por cerca de 13% do lucro do grupo.

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