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O acordo para a criação da nova gigante da indústria mundial de alimentos, a MBRF Global Foods, resultado da incorporação da BRF pela Marfrig, é mais um capítulo da ascensão do magnata da carne Marcos Molina.
Em 25 anos, ele saiu da compra de sua primeira unidade de processamento em Bataguassu, em Mato Grosso do Sul, próximo à divisa com São Paulo, para erguer um império da carne que nasce com receitas líquidas de R$ 153 bilhões ao ano, valor de mercado superior a R$ 50 bilhões e presença em mais de 120 países.
Ao longo dessa trajetória, Molina, hoje com 55 anos, se notabilizou pela estratégia de crescimento orgânico e inorgânico agressivo, com compra e venda de ativos no Brasil e no exterior, que pressionou a dívida em diferentes ocasiões.
Mais recentemente, ele se aproximou e trouxe para a BRF o fundo soberano saudita Salic, que se tornou o segundo maior acionista da companhia, em movimento visto no mercado como fundamental para viabilizar a então futura fusão.
“Vejo muito mais oportunidades na BRF do que em qualquer outra empresa que compramos no passado [...] Temos a convicção de que vamos conseguir. É apenas uma questão de quando”, disse Molina à Bloomberg News há dois anos, em rara entrevista, em referência à então potencial fusão entre Marfrig e BRF.
⇒ Leia mais: Marfrig anuncia acordo para incorporar BRF e criar gigante com R$ 153 bi em receita

No radar dos mercados
As ações globais operam em alta nesta sexta-feira (16), à medida que o alívio nas tensões comerciais entre EUA e China impulsiona o apetite por ativos de risco e os investidores apostam que o Fed atuará para evitar uma recessão.
- Economia americana. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que espera uma desaceleração da economia dos EUA neste ano, mas não uma recessão, e reiterou sua projeção de um corte de juros em 2025. Bostic afirmou que o crescimento econômico pode ficar entre 0,5% e 1% em 2025.
- Demanda do luxo. A Richemont registrou aumento nas vendas do ano fiscal, impulsionada pela forte demanda por sua marca de joias Cartier, o que tornou o grupo suíço mais resiliente do que rivais como a LVMH. As vendas da divisão de joias cresceram 8% no período, acima da expectativa dos analistas.
- Corrida por acordos comerciais. Japão, Índia e China estão na dianteira para fechar um acordo comercial de longo prazo com os Estados Unidos, enquanto Singapura e Austrália também têm chance assumir a liderança, escreveu Frederic Neumann, economista-chefe para a Ásia do HSBC, em nota a clientes.
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🔘 As bolsas ontem (15/05): Dow Jones Industrials (+0,65%), S&P 500 (+0,41%), Nasdaq Composite (-0,18%), Stoxx 600 (+0,56%), Ibovespa (+0,66%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• Agro pesa, BB fica abaixo das projeções no 1º tri e coloca guidance em revisão
• Mercado Livre: digitalização das pessoas se sobrepõe ao cenário macro, diz CFO
• Tarcísio seduz o mercado em NY e alimenta rumores sobre candidatura em 2026
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• Também é importante: Kinea eleva aposta em bolsa com balanços trimestrais e fim de aperto monetário à vista | Jamie Dimon reitera risco de recessão global com impacto prolongado das tarifas
• Opinião Bloomberg: Como o recuo de Trump nas tarifas evitou um impacto maior na inflação dos EUA
• Para não ficar de fora: França e Espanha querem limites de idade em redes sociais, em embate com Trump
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