Bloomberg — Marcelo Claure, o empreendedor e investidor bilionário que anteriormente comandou as operações do SoftBank, vai se juntar à empresa de private equity Brightstar Capital Partners em um plano para expandir sua atuação no middle market.
Claure também ampliará sua “participação minoritária significativa” na Brightstar Capital, após ter investido pela primeira vez em 2023, disse ele em entrevista à Bloomberg News, sem fornecer detalhes financeiros da transação.
O investidor atuará como sócio e copresidente da empresa ao lado do CEO Andrew Weinberg, um ex-colega de Claure em sua primeira empresa, a companhia de telecomunicações Brightstar Corp.
“Temos enormes aspirações para os próximos dez anos”, disse Claure. “A maior parte do meu tempo e energia será dedicada à Brightstar.”
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A Brightstar Capital expandiu para US$ 5 bilhões em ativos desde sua fundação em 2015 e foca em negócios de médio porte em setores como consumo, indústria, serviços governamentais e tecnologia.
Weinberg era investidor na Brightstar Corp. em 2007 enquanto estava na empresa Lindsay Goldberg e começou a trabalhar com Claure um ano depois.
O SoftBank, em que Claure mais tarde se tornou diretor de operações, concordou em 2013 em adquirir uma participação majoritária na Brightstar Corp.
Claure foi escolhido para comandar a gigante de telecomunicações Sprint Corp., então de propriedade do SoftBank, para liderar uma reestruturação, e promoveu sua fusão com a T-Mobile US, da qual continua sendo acionista e membro do conselho.
Além da Brightstar Capital, Claure manterá as funções de seu family office no Claure Group.
“Para mim, o middle market é o motor da economia americana, e algo imenso está acontecendo. É a maior transferência de riqueza geracional na história do nosso país”, disse Claure, que tem nacionalidade americana e boliviana.
“A maioria dessas empresas familiares não tem um plano de sucessão, não quer passar o negócio para os filhos, ou os filhos não querem o negócio, e isso representa uma enorme oportunidade para a Brightstar.”
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Por meio do Claure Group, o executivo tem vínculos com outras empresas de gestão de ativos.
Isso inclui a firma de venture capital Open Opportunity Fund e a Bicycle Capital, uma empresa de growth equity focada na América Latina. Ele também se tornou sócio da EB Capital no Brasil.
Weinberg disse que a Brightstar Capital investe em negócios com valores empresariais tão baixos quanto US$ 100 milhões, mas que podem chegar a mais de US$ 1 bilhão.
Ele disse que empresas de médio porte têm realizado pouco investimentos em tecnologia e inteligência artificial (IA), uma área de especialização que Claure poderia trazer para melhorar o seu desempenho.
A antiga forma de aplicar alavancagem às empresas para extrair retornos financeiros “está morta”, disse Claure. “Será necessário verdadeiros operadores que comprem empresas e as tornem excelentes.”
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