Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!
Os títulos dos mercados emergentes, que têm sido penalizados este ano, devem enfrentar outra ameaça nos próximos meses: o fenômeno climático La Niña, que deve elevar a inflação.
A alta dos preços dos alimentos em razão do clima tende a pesar sobre os títulos em moeda local da América Latina, que já estão com desempenho inferior ao de seus pares globais, de acordo com a gestora Columbia Threadneedle Investments, com sedes em Boston e Londres.
Outra gestora, o TCW Group, com sede em Los Angeles, prevê que os ativos em países como o Brasil, a Argentina e na América Central correm um risco especial devido a eventos climáticos imprevisíveis.
Há 65% de chance de que o La Niña se forme nos próximos três meses e persista até 2025, de acordo com a National Oceanic Atmospheric Administration (NOAA), a agência americana que monitora o clima.
O fenômeno La Niña refere-se a períodos de temperaturas da superfície do mar mais frias do que o normal no meio do Oceano Pacífico, que podem causar secas na América Latina, afetando a safra e aumentando os custos dos alimentos. Também pode levar à ocorrência de mais furacões no Golfo do México, prejudicando a produção de petróleo.
⇒ Leia mais: La Niña ameaça elevar a inflação global e trazer perdas para emergentes

No radar dos mercados
Os preços dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos sobem nesta terça-feira (16), com o rendimento do papel de 10 anos próximo ao nível mais baixo desde março, enquanto os investidores aumentam as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros em setembro.
⛏️ Produção da Vale. A Vale divulga seu relatório de produção do 2º trimestre hoje após o fechamento do pregão. A estimativa de consenso entre analistas consultados pela Bloomberg é de uma produção de 78,8 mi de toneladas de minério de ferro. O balanço trimestral está previsto para 25 de julho.
🇺🇸 Juros nos EUA. Os traders veem agora duas reduções de 0,25pp nas taxas em 2024, à medida que a inflação nos EUA diminui. As probabilidades implícitas no mercado de uma 3ª redução chegaram a cerca de 60% ontem, depois que o Goldman Sachs afirmou ver uma “sólida justificativa” para taxas mais baixas já em julho.
🚙 EVs em baixa. A CEO da General Motors, Mary Barra, reduziu as projeções para entrega de veículos elétricos da empresa, voltando atrás de uma meta anterior em meio à desaceleração nas vendas desses modelos.
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🔘 As bolsas ontem (15/07): Dow Jones Industrials (+0,53%), S&P 500 (+0,28%), Nasdaq (+0,42%), Stoxx 600 (-1,02%), Ibovespa (+0,33%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• Vale busca sinal verde para projeto de mineração de US$ 1,3 bi em Minas Gerais
• Powell: dados recentes aumentam a confiança de que a inflação está a caminho da meta
• Fundos ganham com apostas pessimistas e seguem cautelosos com ativos do Brasil
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• Também é importante: Trump escolhe senador J.D. Vance como candidato a vice-presidente | Desaceleração acentuada da economia na China aprofunda desafios de Xi Jinping
• Opinião Bloomberg: Na safra de balanços nos EUA, estimativas de lucro estão altas pelas razões corretas
• Para não ficar de fora: Burberry troca CEO e repensa estratégia diante de desaceleração no setor de luxo
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