JPMorgan faz reorganização na liderança enquanto prepara sucessão de Jamie Dimon

Alguns dos principais executivos do banco americano vão assumir novos cargos, o que os coloca entre os potenciais sucessores do atual CEO

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan
Por Hannah Levitt
26 de Janeiro, 2024 | 03:07 PM

Bloomberg — O CEO do JPMorgan Chase (JPM), Jamie Dimon, realocou alguns dos executivos no topo da liderança do banco para novos cargos, posicionando-os de forma mais próxima da gestão das operações da empresa enquanto prepara potenciais sucessores.

A reorganização coloca Jenn Piepszak e Troy Rohrbaugh no topo da área de commercial e investment banking, que foi ampliada, de acordo com um comunicado da empresa na quinta-feira (25). Marianne Lake, que tem coliderado a área de varejo ao lado de Piepszak desde 2021, terá controle exclusivo do segmento, supervisionando mais linhas de negócios.

É uma manobra de alto risco: o JPMorgan acaba de alcançar o maior lucro anual de qualquer banco na história dos EUA e suas ações subiram quase 25% no ano passado. Mas, como a Bloomberg News relatou no mês passado, fontes internas têm previsto que seria necessário rotacionar os líderes executivos para oferecer a eles novos desafios na busca pelo sucessor eventual de Dimon.

A questão de quem poderia conduzir a empresa é uma que paira sobre a indústria financeira — oferecendo-lhe o posto mais proeminente, bem como a responsabilidade por um balanço de US$ 3,9 trilhões.

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“O JPMorgan Chase está mais forte hoje do que nunca, e isso se deve aos nossos centenas de milhares de funcionários e ao nosso excelente time de gestão sênior”, disse Dimon, de 67 anos, no comunicado.

As mudanças também significam que Daniel Pinto, único chefe de corporate e investment banking desde 2014, cederá controle sobre a divisão e se concentrará em seu papel mais amplo como presidente da empresa sediada em Nova York.

“Podemos aproveitar cada vez mais suas capacidades extraordinárias em toda a empresa enquanto continuamos a gerenciá-la em conjunto”, disse Dimon. Pinto, de 61 anos, vai “se concentrar na execução de nossas prioridades de linhas de negócios”, acrescentou o CEO.

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Entre outras mudanças: Vis Raghavan será o único chefe da franquia global de investment banking. O ex-cochefe, Jim Casey, terá um novo papel que será anunciado em breve, disse a empresa. Marc Badrichani, cochefe de mercados e serviços de títulos ao lado de Rohrbaugh, deixará o cargo.

O JPMorgan também simplificou alguns segmentos.

A área de commercial banking, dirigida por Doug Petno, passará a ficar sob a supervisão de Piepszak e Rohrbaugh. A dupla também supervisionará a área de investment banking global, corporate, mercados, serviços de títulos e pagamentos globais.

As mudanças destacam um trio de veteranos do JPMorgan que traçaram caminhos diferentes na carreira. Marianne Lake, de 54 anos, é bem conhecida pelos investidores desde que foi nomeada diretora financeira em 2013. Ela ocupou o cargo até 2019, quando foi designada para supervisionar empréstimos ao consumidor. Seu novo cargo lhe dá supervisão sobre uma unidade extensa que, por si só, seria o sexto maior banco dos EUA em ativos.

Piepszak, de 53 anos, sucedeu Lake como CFO, encerrando uma ascensão relativamente rápida ao grupo dos potenciais sucessores de Dimon, e ela ganhou impulso como a principal candidata nos anos seguintes. Seu novo cargo amplia sua experiência no lado de Wall Street, onde começou sua carreira antes de fazer um salto raro para o lado do consumidor há mais de uma década.

Rohrbaugh, de 53 anos, fez carreira na área de negociação de títulos do JPMorgan para se tornar chefe global de mercados em 2019. Sua última promoção expande seu escopo para incluir áreas mais amplas do negócio atacadista do banco.

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