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A decisão da Shein de ter até 85% de produção no Brasil das suas roupas vendidas no país até 2026 não foi tomada apenas em resposta às discussões dentro do governo sobre aumentar a taxação sobre as empresas de e-commerce internacionais.
Segundo Marcelo Claure, chairman da Shein para a América Latina, a varejista chinesa também vê o Brasil como uma base da empresa para atender a outros países da região, além de servir de um experimento internacional para companhia que hoje só tem produção na China.
Em entrevista à Bloomberg Línea, o executivo da Shein afirmou que, antes do anúncio, a empresa já estava realizando um programa piloto com nove fabricantes de roupas locais no Brasil, adequando o modelo de produção desses fornecedores ao seu processo de produção.
Um acordo da varejista foi assinado com a Coteminas para que 2 mil confeccionistas da empresa do ramo têxtil passem a ser fornecedores da Shein para atender o mercado brasileiro e da América Latina.
⇒ Leia mais: Por que a Shein decidiu produzir roupas no Brasil, segundo executivo da empresa

No Radar
A mescla de discursos de membros do Fed em defesa de mais aumento de juros e uma bateria de dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos deprime os mercados. O aumento da tensão entre EUA e China aumenta a prudência no último pregão da semana. No Brasil, os mercados fecham por feriado.
✋🏼 Parar para ver. Dentre vários membros do Fed que se declararam a favor da continuidade do aperto monetário nos EUA, Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, avaliou que depois de mais um aumento em maio, seria indicado avaliar o efeito defasado da alta de juros e do recente estresse bancário sobre a economia.
🚘 Meia-volta. Depois da forte queda das ações ontem (-9,75%) e de Elon Musk perder quase US$ 13 bilhões de sua fortuna, a Tesla elevou os preços de seus veículos Model S (+2%) e Model X (+3%) nos EUA, recuando da ideia de continuar com a estratégia de descontos, reforçada esta semana, que derrubou o resultado da montadora no primeiro trimestre.
⛔ Tensão diplomática. O presidente dos EUA, Joe Biden, pretende limitar o investimento de empresas norte-americanas em partes importantes da economia da China. Segundo fontes da Bloomberg, uma ordem executiva pode ser assinada nas próximas semanas. Hoje, a China anunciou que fará ao menos cinco exercícios militares em várias áreas, incluindo águas ao largo de sua costa e no Mar da China Meridional, em meio a tensões crescentes com Taiwan e os EUA.
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🟢 As bolsas ontem (20/04): Dow Jones Industrials (-0,33%), S&P 500 (-0,60%), Nasdaq Composite (-0,80%), Stoxx 600 (-0,15%), Ibovespa (+0,44%)
As perdas no mercado norte-americano ocorreram diante de um novo aumento (de 61.000) nos pedidos de seguro-desemprego e a queda maior que o previsto das vendas de casas de segunda mão em março. As perdas das ações da Tesla, a maior em três meses, também pesaram no humor dos investidores.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Feriado: Brasil
• PMI Industrial, de Serviços e Composto/Abr: EUA, Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, França
• Reino Unido: Vendas no Varejo/Mar
• Bancos centrais: Discursos de Lisa Cook(Fed) e Luis de Guindos (BCE)
• Balanços: Procter&Gamble
🗓️ Os eventos de destaque na semana →
Destaques da Bloomberg Línea:
• Na contramão do varejo, Mercado Livre planeja contratar 13 mil na América Latina
• Argentina sobe juros para 81% ao ano diante de inflação acima de 100%
• Fundo saudita revela investimento na Tiger e no Founders Fund, de Peter Thiel
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• Opinião Bloomberg: Será que todos os nossos chefes acham que nós fazemos ‘mimimi’?
• Para não ficar de fora: Renault pode dobrar de valor com IPO de sua divisão de carros elétricos
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