Vinci entra com ação de despejo contra a Tok&Stok por falta de pagamento

Bloomberg Línea — O braço de real estate da gestora Vinci Partners entrou com ação de despejo por falta de pagamento contra a Tok&Stok por meio de seu fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11). A decisão foi divulgada em fato relevante após o fechamento do pregão de quarta-feira (15).

À Bloomberg Línea, a Tok&Stok disse que não foi notificada oficialmente pelo fundo Vinci Logística. Segundo a varejista, a empresa estava desde de dezembro em negociação para ajustar o valor de locação do imóvel “com base nos patamares do mercado”.

“A Tok&Stok analisará os termos da ação e exercerá seus direitos e deveres legais em juízo”, disse, em nota.

Segundo o comunicado da Vinci Partners, a decisão ocorre após a varejista não pagar o aluguel com vencimento em fevereiro de 2023 no empreendimento logístico Extrema Business Park I, localizado no município de Extrema (MG) e que serve de centro de distribuição.

O imóvel é locado exclusivamente à Tok&Stok e o aluguel devido representa cerca de 14% das receitas totais do fundo e cerca de 11% da área bruta locável (ABL) total detida por ele.

A Vinci destaca que o contrato de locação vigente tem ainda garantia através de seguro fiança com cobertura equivalente a 12 aluguéis vigentes, “cuja execução está sujeita a condições comumente aplicáveis a tais garantias”.

Fontes do setor disseram ao jornal O Globo nesta quinta-feira (16) que a Tok&Stok contratou o escritório Alvarez & Marsal para fazer uma reestruturação financeira. A rede tem mais de 40 anos de atuação no mercado e é líder no segmento varejista de móveis e decoração.

Segundo relatório mensal mais recente da Vinci Partners, o Vinci Logística possui cerca de 157,3 mil cotistas e um valor de mercado da ordem de R$ 1,4 bilhão, com patrimônio líquido de R$ 1,68 bilhão.

O portfólio do fundo conta com 16 imóveis e mais de 60 locatários. A Tok&Stok é um dos principais locatários, totalizando 14% da receita do fundo, seguida por Magazine Luiza, com 8%, e Ambev, com 7%.

Nesta quinta-feira (16), as cotas do VILG11 operavam em queda de mais de 3% por volta das 13h40 (horário de Brasília).

-- Matéria atualizada às 13h40 para incluir o posicionamento da Tok&Stok

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