:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/OWLQR6JRG5DI7LO4TU7RMKRTHU.jpg "Prédios comerciais na região da Faria Lima, em São Paulo: notícias sobre fundos imobiliários são questionadas na Justiça")
Bloomberg Línea — A 32ª Vara Cível da Justiça de São Paulo expediu ordens de busca e apreensão em endereços ligados a acusados de manipular o mercado de fundos imobiliários. Entre os atingidos está a Suno Research, empresa de análise de investimentos que tem a XP (XP) como sócia minoritária. A ordem está sendo cumprida nesta terça-feira (14). O caso corre sob sigilo de Justiça.
Em nota ao meio-dia, a Suno Research confirmou a realização da busca e apreensão em seus endereços, mas disse não ter tido acesso aos autos do processo e que por essa razão não sabe do que é acusada.
“O Grupo Suno reforça que está 100% seguro de sua atuação e estamos tranquilos e certos de nossa inocência e da idoneidade de todos os nossos analistas e profissionais”, disse a empresa.
O processo foi iniciado pela gestora Hectare Capital, que acusa a Suno de espalhar informações falsas sobre sua capacidade de pagar dívidas.
A Hectare alega que o intuito da Suno seria reduzir o valor de suas cotas no mercado. O fundo da Hectare, HCTR11, listado na B3, tem seu preço definido pela demanda de mercado.
Também foram alvo de busca e apreensão o fundador da Suno, Tiago Reis, e dois de seus analistas e influenciadores, Marcos Baroni e Vitor Duarte, que gravaram um vídeo em que falam sobre um suposto risco de inadimplência da Hectare.
Em segunda nota enviada perto das 17h desta terça, a Suno afirmou: “a Suno Research alerta seus clientes desde maio de 2021 em relatórios fundamentados e assinados por seus analistas sobre riscos na gestão do fundo HCTR11. Em relatórios consecutivos nos meses seguintes, os analistas pediram para que a Hectare desse mais transparência sobre sua gestão de risco, o que não ocorreu”.
“Portanto, a referida ação é uma degradante tentativa da Hectare de retaliar a atuação firme e independente da Suno na sua atividade de análise de valores mobiliários, em detrimento da adequada disseminação de informações no mercado de capitais.”
- Matéria atualizada às 15h18 com a informação de que a Vórtx é a administradora do fundo imobiliário da Hectare, e não a controladora da empresa, como informado em versão anterior do texto.
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