Barcelona, Espanha — O número de dezembro de geração de empregos nos Estados Unidos é a principal informação para os mercados nesta jornada. Os analistas projetam um recuo na geração de vagas que mostre arrefecimento do mercado de trabalho, variável que preocupa o Federal Reserve (Fed) em sua estratégia para conter a inflação. Além disso, novos discursos de membros do Fed são aguardados hoje.
Enquanto isso, os índices europeus registravam ganhos modestos, enquanto nos Estados Unidos os futuros de índices tinham sinais mistos, assim como no encerramento do pregão da Ásia.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos operavam em alta a 3,73% e o dólar se apreciava ante as principais divisas. Euro e libras perdiam valor, assim como o bitcoin.
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👁️🗨️ Olho no Trabalho. Espera-se uma geração de 200 mil postos de trabalho nos EUA e manutenção da taxa de desemprego em 3,7%. Ontem, outros indicadores mostraram que o setor privado americano agregou mais empregos do que o esperado em dezembro, com aumento de salários acima da previsão. Além disso, o número de pedidos se seguro desemprego recuou na última semana.
👥 Porta-vozes do aperto. Os investidores anotam hoje discursos da governadora do Fed Lisa Cook e Thomas Barkin (Fed-Richmond), após tanto Esther George (Fed-Kansas) como Neel Kashkari (Fed-Minneapolis) afirmarem ontem que esperam uma taxa de juros acima de 5% neste ano para controlar a inflação. Raphael Bostic (Fed-Atlanta), enfatizou ontem que os preços continuam muito altos e volta a se pronunciar hoje.
🪖 Estratégias no front. As tropas russas se preparam para um cessar-fogo de 36 horas a partir de hoje, enquanto Moscou planeja corte de gastos extra-defesa e busca mais recursos junto a produtores de commodities e empresas estatais para sustentar os custos da guerra. Do outro lado, EUA e Alemanha enviarão mais blindados e defesa aérea para a Ucrânia, que descartou o cessa-fogo, qualificando-o de manobra.
🏦 Sondagem favorável. O First Abu Dhabi Bank abandonou a intenção de adquirir o Standard Chartered após uma sondagem de cerca de seis meses, segundo a Bloomberg. Ainda que frustrado, o acordo, que teria sido a uma das maiores fusões bancárias da última década, levou as ações do credor listado em Londres a subirem 6,8% ontem, somando mais de 50% de valorização nos últimos doze meses.
🇪🇺 Europa em declínio. Um conjunto de indicadores europeus hoje mostram que as dificuldades econômicas se acentuam na região. Os pedidos às fábricas alemãs despencaram 5,3% em novembro ante o mês anterior e as vendas no varejo caíram 5,9%. No Reino Unido, os preços de imóveis recuaram 1,5% em dezembro e a queda prevista para este ano é 8%, segundo a Halifax.

🟢 As bolsas ontem (05/01): Dow Jones Industrials (-1,02%), S&P 500 (-1,16%), Nasdaq Composite (-1,47%), Stoxx 600 (-0,20%), Ibovespa (+2,19%)
As bolsas norte-americanas fecharam em queda após novos indicadores mostrarem que o mercado de trabalho continua forte nos EUA, com aumento de contratações e de salário em dezembro e redução de pedidos de seguro desemprego na última semana. Além disso, vários membros do Fed sinalizaram para necessidade de juros acima de 5% para domar a inflação, contribuindo para a cautela no mercado acionário.
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Na agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Payroll/Dez, Taxa de Desemprego/Dez, Encomendas à Indústria/Nov; PMI ISM/Dez
• Europa: Zona do Euro (IPC/Dez, Vendas no Varejo/Nov, Confiança de Empresas e de Consumidores/Dez); Reino Unidos (PMI Construção/Dez, Índice de Preços de Imóveis/Dez); Alemanha (Encomendas à Indústria/Dez, Vendas no Varejo/Nov); França (Gastos dos Consumidores/Nov)
• América Latina: Brasil (IGP-DI/Dez,Produção e Vendas de Veículos/Dez)
• Bancos Centrais: Discursos de Raphael Bostic, Lisa Cook e Thomas Barkin (Fed) e de Philip Lane (BCE)
📌 Para amanhã
• EUA (Índice de Tendência de Emprego/Dez); Zona do Euro (Taxa de Desemprego/Nov); Reino Unido (Vendas no Varejo BRC/Dez); Alemanha (Produção Industrial/Nov); França e Portugal (Balança Comercial/Nov); Japão (IPC/Dez); México (IPC/Dez); Feriado (Japão)