Pix completa dois anos e é o meio de pagamento mais usado no Brasil

Em fevereiro deste ano, o Pix ultrapassou os pagamentos com cartões de crédito e se tornou o principal tipo de pagamento do país

Em janeiro deste ano, o Pix ultrapassou os pagamentos com cartões de débito e em fevereiro ultrapassou as transações com cartões de crédito
14 de Novembro, 2022 | 12:54 PM

Bloomberg Línea — O Pix, sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central, completa dois anos na quarta-feira (16). Desde 16 de novembro de 2020 até 30 de setembro de 2022 foram feitas 26 bilhões de transações por meio do Pix no sistema financeiro brasileiro, atingindo R$ 12,9 trilhões transacionados, segundo levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) com base em números do Banco Central.

A adoção do sistema de pagamentos foi meteórica no País. No primeiro mês de funcionamento, o Pix já tinha ultrapassado os pagamentos feitos por meio de DOC (Documento de Crédito). Em janeiro de 2021, o sistema de pagamentos 24/7 ultrapassou as transações por meio de TED (Transferência Eletrônica Disponível), e em março do mesmo superou os pagamentos com os boletos. Em maio de 2021, o Pix ultrapassou todos os meios de pagamento citados.

Em janeiro deste ano, o Pix superou os pagamentos com cartões de débito e em fevereiro ultrapassou as transações com cartões de crédito, quando se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.

“Nos últimos 12 meses, registramos um aumento de 94% das operações com o Pix”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban, em comunicado à imprensa. Segundo Sidney, o transporte e a logística de cédulas chegam a custar R$ 10 bilhões ao ano, e o Pix tem reduzido a necessidade do uso de dinheiro em espécie.

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Leandro Vilain, diretor de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban afirma que os brasileiros têm usado o Pix para pagamentos de menor valor e em compras do dia a dia.

Segundo o estudo da Febraban com dados de setembro, 43% dos usuários de Pix estão na região Sudeste do Brasil, seguidos do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro-Oeste (95) e 64% dos usuários têm entre 20 e 39 anos.

Desde novembro de 2020, já são 523,2 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central. Cada usuário pode cadastrar até três chaves ou usar uma aleatória. As chaves aleatórias somam 213,9 milhões, seguida das chaves por CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e-mail (77,5 milhões). Até outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o Pix em seus pagamentos, segundo a Febraban.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups