Que tal morar em apartamentos de bilionários por um preço mais baixo?

Hotel oferece apartamentos residenciais com preços a partir US$ 1 milhão, podendo chegar na casa dos US$ 14 milhões

Apartamentos começam com 51 metros quadrados, e imóveis mais caros contam até com área externa privativa
Por Jennifer Epstein
06 de Novembro, 2022 | 08:32 AM

Bloomberg — Um hotel de Manhattan foi recentemente reformado e agora oferece a possibilidade de morar na Billionaires’ Row (Avenida dos Bilionários, em tradução livre) sem precisar pagar preços bilionários.

As vendas dos 99 apartamentos do ONE11 Residences no Thompson Central Park, em Midtown, Nova York, começaram em meados de outubro. Os valores variam de cerca de US$ 1,3 milhão para um apartamento de um dormitório até mais de US$ 14 milhões para cada uma das duas coberturas, com quatro dormitórios.

Os apartamentos ficam no hotel conhecido há décadas como Le Parker Méridien e que agora opera como Thompson. O projeto, desenvolvido pela equipe por trás dos hotéis Ace, Beekman e NoMad, visa trazer uma sensação semelhante ao centro da cidade para Midtown. Os residentes terão acesso às comodidades, lobby e restaurantes do Thompson, um hotel quatro estrelas na 56th Street, a oeste da Sexta Avenida.

“Fica bem no meio da cidade – perto do Central Park, perto da Billionaires’ Row, perto da Quinta Avenida”, disse Stan Spiegelman, diretor administrativo da GFI Development, incorporadora do projeto junto com seu ramo de hospitalidade. “A vibe de centro da cidade é semelhante à do hotel Beekman”, algo que ele afirma ser difícil de encontrar no bairro.

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As unidades de um dormitório variam em tamanho, começando em 51 metros quadrados, podendo chegar a 102 metros quadrados – tamanho dos dois apartamentos que ficam no andar das coberturas e têm preços a partir de cerca de US$ 5 milhões. Apartamentos de dois dormitórios de 74 a 102 metros quadrados, têm preços entre US$ 2,15 milhões e US$ 4,95 milhões.

“Você não encontra esses preços perto da Billionaires’ Row” para imóveis com acabamentos e comodidades semelhantes, disse Spiegelman. O preço só foi possível porque as unidades foram construídas sobre um hotel existente, que continuará operando com quase 600 quartos de hóspedes, de acordo com Spiegelman. Ele e a equipe de marketing esperam que os compradores sejam uma mistura de residentes, investidores e interessados em aluguel de temporada.

No extremo oposto do espectro de preços, uma cobertura no prédio vizinho, o Central Park Tower, também chegou ao mercado na quinta-feira, por US$ 250 milhões. O apartamento – que se estende do 129º ao 131º andar do arranha-céus da Extell Development – é a “residência mais alta do mundo”, de acordo com os materiais de marketing da corretora Serhant. São mais de 1,625 metros quadrados de área interna e 130 metros quadrados de área externa.

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No ONE11, as unidades são “essencialmente novas construções”, disse Spiegelman, com janelas que vão do chão ao teto, substituindo as menores que eram do hotel, e modernos sistemas mecânicos, incluindo ar-condicionado central. As unidades voltadas para o norte têm vista para o Central Park, enquanto outras têm vista aberta para a cidade. As coberturas da torre de 42 andares, incluindo os dois apartamentos maiores de um dormitório, têm área externa privativa.

Embora um concierge, uma academia e outras comodidades sejam esperadas em apartamentos de Manhattan na faixa de preços do ONE11, o próprio hotel e as pessoas que ele atrai oferecem uma experiência diferenciada. Com o fim das restrições da pandemia, “há uma demanda reprimida por diversão, jantares e encontros entre pessoas”, disse Karen Mansour, vice-presidente executiva da Douglas Elliman Development Marketing, empresa que cuida das vendas das unidades.

Os apartamentos compartilham a entrada e o lobby do hotel, o que significa que os residentes serão “surpreendidos todas as noites quando voltarem para casa”, disse. “Você entra, o lobby está cheio, há pessoas entrando e saindo dos restaurantes e do saguão, fazendo check-in, check-out – e tudo é muito chique”, disse Mansour.

Os proprietários de apartamentos de hotel são frequentemente impedidos de morar mais de seis meses por ano em suas unidades, que são alugadas como quartos de hóspedes enquanto ficam fora. O ONE11, por outro lado, é um condomínio padrão, permitindo residentes em tempo integral e locações aprovadas pela diretoria.

O GFI Capital Resources Group e o hedge fund Elliott Investment Management compraram o edifício por US$ 420 milhões no início de 2019 e planejaram gastar mais de US$ 100 milhões em reformas. A maior parte dos quartos do Thompson, hotel da marca Hyatt, foram inaugurados em 2021, e a construção nos andares residenciais mais baixos está quase concluída.

Spiegelman disse que espera que as compras de apartamentos comecem a ser concluídas no segundo trimestre de 2023, se não mais cedo.

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