Meta tem queda de receita com publicidade e faz alerta para o 4° trimestre

Lucro líquido da controladora do Facebook registrou queda de 52% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, para US$ 4,4 bilhões

A Meta, que obtém a maior parte de sua receita com publicidade, está enfrentando um declínio nos orçamentos dos profissionais de marketing
Por Alex Barinka
26 de Outubro, 2022 | 06:20 PM

Bloomberg — As ações da Meta (META), dona do Facebook, caíam mais de 12% no after market depois que a empresa deu uma previsão de receita para o quarto trimestre que ficou no limite inferior das estimativas dos analistas, mostrando que a plataforma de mídia social continua lutando com um mercado de publicidade fraco em meio a uma desaceleração econômica.

A controladora do Instagram e do Facebook disse que vê uma receita de US$ 30 bilhões a US$ 32,5 bilhões nos últimos três meses do ano. Analistas esperavam US$ 32,2 bilhões, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg News. As ações acumulavam queda de mais de 55% este ano até o fechamento desta quarta-feira.

A Meta, que obtém a maior parte de sua receita com publicidade, está enfrentando um declínio nos orçamentos dos profissionais de marketing devido à incerteza econômica e a uma mudança recente nas regras de privacidade da Apple (AAPL), que tornou os anúncios de mídia social menos eficazes.

A empresa cortou custos diminuindo a contratação e estreitando suas prioridades para se concentrar em manter suas plataformas de mídia social relevantes e expandir suas ofertas de realidade virtual.

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Este ano, a Meta transformou várias partes importantes de seus negócios. Como o popular aplicativo TikTok da chinesa ByteDance ganhou o tempo dos usuários e os acostumou a um feed de vídeos verticais baseado em interesses, a Meta mudou as experiências do Facebook e do Instagram para mostrar mais conteúdo escolhido por algoritmos e menos das pessoas que você segue. Os vídeos curtos, chamados Reels, visam aumentar o envolvimento do usuário e as oportunidades de receita no aplicativo.

A empresa, que mudou seu nome de Facebook para Meta há um ano, também está apostando alto no metaverso, pontos de encontro movidos à realidade virtual que o CEO Mark Zuckerberg acredita que sediarão o futuro do trabalho e da comunicação. O esforço está fazendo a Meta perder bilhões.

Os produtos de mídia social legados da Meta precisam permanecer populares o suficiente para gerar a receita de publicidade que financiará a nova visão do metaverso. No terceiro trimestre, 4% mais pessoas passaram o tempo nas plataformas do Meta todos os dias, em comparação com o mesmo período do ano passado, com 2,93 bilhões de usuários ativos diariamente. Mensalmente, a gigante da tecnologia viu 3,71 bilhões de usuários ativos.

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No terceiro trimestre, a Meta registrou receita de US$ 27,7 bilhões, superando ligeiramente a estimativa média dos analistas de US$ 27,4 bilhões. O lucro líquido caiu 52% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, para US$ 4,4 bilhões. O lucro por ação foi de US$ 1,64 abaixo da estimativa média de US$ 1,88 por ação.

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