Petróleo segue em queda com receios pela recessão fortalecendo o dólar

Alta da moeda americana torna compra de commodities como o petróleo mais caras para compradores estrangeiros, prejudicando a demanda

Las vías del tren pasan por delante de los tanques de almacenamiento en las instalaciones de productos petrolíferos de Evos Hamburg GmbH en el puerto de Hamburgo, Alemania, el miércoles 24 de agosto de 2022. Alemania dará prioridad a los envíos de combustible y carbón para las centrales eléctricas en la red ferroviaria del país, en la última medida del gobierno para evitar que la crisis energética se descontrole este invierno. Fotógrafo: Krisztian Bocsi/Bloomberg
Por Yongchang Chin e Alex Longley
26 de Setembro, 2022 | 08:42 AM

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Bloomberg — Os preços do petróleo recuavam, com o Brent caindo abaixo de US$ 85 o barril, com a alta do dólar e as crescentes preocupações sobre uma possível recessão ameaçando a demanda global.

O índice de referência global do petróleo atingiu o menor nível intradiário desde janeiro, à medida que a moeda americana atinge uma alta histórica, segundo um indicador da Bloomberg que mede o desempenho ante pares. A maioria dos outros mercados de commodities, de cobre a trigo, também caíam nesta segunda-feira (26), com os ativos de risco iniciando a semana em clima morno. O petróleo caiu quase 6% na semana passada para uma quarta queda semanal consecutiva, a mais longa perda deste ano.

O petróleo está a caminho de uma queda trimestral substancial, acompanhando as decisões dos principais bancos centrais do mundo, incluindo o Federal Reserve, de aumentar as taxas de juros agressivamente para combater a inflação, prejudicando as perspectivas de demanda de energia e minando o apetite dos investidores por risco. O aperto do Fed ajudou a levar o dólar americano a um recorde, tornando as commodities precificadas na moeda mais caras para os compradores estrangeiros.

“O mercado está muito preocupado que os bancos centrais levem as economias à recessão”, disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities da SEB. Isso aumenta o foco na próxima reunião da Opep+ em 5 de outubro, acrescentou.

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Preços do petróleo

  • O Brent para liquidação de novembro era negociado em queda de 0,7%, a US$ 85,53 por barril
  • O WTI para entrega em novembro recuava 0,6%, a US$ 78,26 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York.
  • O Bloomberg Dollar Spot Index atingiu um pico de 1,1% e acumula alta de 15% no ano

A queda nos preços pode induzir a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados a considerar intervir para conter a queda, seja verbalmente ou anunciando uma redução na produção. No início deste mês, a Opep+ anunciou um corte na oferta e disse que os membros monitorariam o mercado.

A pressão de alta sobre o dólar “é uma bola de demolição para commodities”, disse Gary Ross, presidente-executivo da Black Gold Investors, em uma conferência em Singapura, sinalizando a possibilidade de cortes da Opep. “O equilíbrio entre oferta e demanda se recuperou e, como estamos entrando no quarto trimestre, estamos enchendo os estoques.”

Traders de petróleo também observam a tempestade tropical Ian, que deve se tornar um furacão esta semana à medida que se aproxima da Flórida. No momento, os meteorologistas tentam identificar em que ponto tocará o continente, possivelmente próximo à Baía de Tampa.

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