Bloomberg Línea — As bolsas globais tiveram grandes oscilações nesta quarta-feira (21), com os traders sobrecarregados pelas diversas manchetes que se seguiram à decisão e ao comunicado de alta dos juros do Federal Reserve. Se algo ficou claro é que o ciclo de aperto monetário na maior economia do mundo permanecerá agressivamente rígido.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda de até 1,79%, caso do índice Nasdaq, após o banco central americano elevar a taxa de juros do país em 0,75 ponto percentual, para o intervalo de 3% a 3,25% – o maior patamar desde a crise financeira de 2008.
A decisão ocorre após a divulgação de resultados de inflação recorde, que atingiu alta de 8,3% no acumulado em 12 meses até agosto. Diversos dirigentes do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, afirmaram no último mês que a autarquia irá combater o aumento de preços mesmo que isso signifique uma desaceleração ou uma possível recessão da economia americana.
Em coletiva após a decisão, Powell, reiterou que o Fomc, o comitê de política monetária do Fed, “está fortemente decidido a reduzir a inflação” e que, para isso, “serão necessários uma flexibilização do mercado de trabalho e um crescimento econômico abaixo da atual tendência”.
O movimento de baixa também foi visto por aqui, com queda de 0,52% do Ibovespa (IBOV) nesta quarta, em meio ao maior sentimento de maior cautela por parte dos investidores. Já o dólar subiu, puxado pela busca por ativos considerados “mais seguros”.
Agora, as atenções recaem sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), cujo resultado será divulgado após o fechamento do pregão e irá ditar o rumo da taxa básica de juros, a Selic.
Confira como fecharam os mercados nesta quarta-feira (21):
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