Nova rodada de IPOs no horizonte

Também no Breakfast: Volatilidade dá o tom ante incertezas sobre o futuro dos juros; Ethereum: entenda a atualização esperada que pode revolucionar o mundo cripto e Prateleiras do Walmart agora têm contas bancárias

Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Nenhuma empresa no Brasil fez IPO (oferta pública inicial) no primeiro semestre deste ano. Apenas a empresa de tecnologia Semantix (STIX) foi à Nasdaq por meio de uma fusão com o veículo SPAC Alpha Capital recentemente.

Mas depois de uma seca de estreias na bolsa como consequência da alta taxa de juros, o líder de investment banking da JPMorgan, Pedro Juliano, vê ofertas subsequentes (follow-ons) voltando a acontecer nos Estados Unidos no início do próximo ano. E ele acredita que os IPOs devem voltar na sequência com o mercado americano puxando o retorno.

“Este ano não foi um ano ruim só para os IPOs do Brasil. Na Europa, Estados Unidos, Ásia, houve um freio muito grande. Mas com a inflação mais em queda no ano que vem a atividade [de IPOs] vai impactar positivamente o Brasil”, disse Juliano durante o painel “Nova era para startups e VCs na América Latina” no Bloomberg Línea Summit.

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Na trilha dos Mercados

Os mercados atravessam uma fase de transição. Depois que a inflação ao consumidor norte-americano mostrou que não sairá de cena tão cedo, alguns investidores passaram a trabalhar com a possibilidade de um choque de juros ainda maior que o esperado.

Antes, quando se falava de um aumento forte das taxas pelo Federal Reserve (Fed), o mercado cogitava um acréscimo de 0,75 ponto percentual. Mas agora já se fala de um aumento de 1 ponto cheio, embora a maioria ainda aposte no primeiro cenário.

🤔 PPI lança dúvidas. Mas as apostas de um aumento mais pronunciado dos juros se estremeceram com a divulgação, ontem, do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês). Enquanto a inflação ao consumidor se manteve mais forte do que o esperado pelos economistas, os preços no atacado caíram em agosto (-0,1% frente a julho) pelo segundo mês seguido, ajudados pela melhora do custo dos combustíveis. Na base anual, a cifra permanece elevada, em +8,7%.

😶‍🌫️ Nuvem de fumaça. Com tanta incerteza e informações contraditórias, as bolsas têm trabalhado com volatilidade. Ao mesmo tempo, os títulos soberanos têm pedido prêmios cada vez maiores - os Treasuries mais sensíveis à política monetária aprofundaram a inversão da curva, o que prenuncia uma recessão iminente. O prêmio dos bônus de dois anos superou o de títulos de 30 anos em 35 pontos base, um nível inédito desde o ano 2000.

📊 Dados macro. Na sessão de hoje, há uma porção de indicadores macroeconômicos, que podem fornecer alguma orientação sobre a política monetária do Fed. Nos EUA, os destaques do dia são as vendas no varejo, os pedidos iniciais de seguro-desemprego e o nível de utilização da capacidade instalada. Já na Europa, Alemanha e França apresentam indicadores de preços.

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Um panorama dos mercados no começo do diadfd
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+0,10%), S&P 500 (+0,34%), Nasdaq Composite (+0,74%), Stoxx 600 (-0,86%), Ibovespa (-0,22%)

Ainda que as ações tenham buscado uma direção após o tombo de terça-feira - a maior queda em mais de dois anos -, a volatilidade dominou os mercados dos EUA. Os principais índices conseguiram se recuperar nas últimas horas de negociação. Depois da divulgação da inflação norte-americana de agosto, que desacelerou menos do que o esperado, os investidores dão por garantido outra grande alta dos juros.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Estoques do Comércio, Vendas no Varejo, Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego, Índice Empire State de Atividade Industrial/Set, Índice CAPEX Fed Filadélfia/Set, Produção Industrial/Ago, Utilização da Capacidade Instalada/Ago, Estoque de Gás Natural

Europa: Zona do Euro (Balança Comercial/Jul); Alemanha (Índice de Preços por Atacado/Ago); França (IPC/Ago)

Ásia: Japão (Índice de Atividade da Indústria Terciária); China (Produção Industrial/Ago, Vendas no Varejo/Ago, Taxa de Desemprego)

América Latina: Brasil (IBC-Br/Jul), Colômbia (Vendas no Varejo/Jul, Produção Industrial/Jul); Peru (Atividade Econômica/Jul)

Bancos Centrais: Pronunciamentos de Luis de Guindos (BCE), Elizabeth McCaul (BCE), Sabine Mauderer (Bundesbank)

📌 Para amanhã:

• Zona do Euro (IPC/Ago); EUA (Sentimento do Consumidor - Universidade de Michigan); China (Vendas de Casas, Vendas no Varejo, Produção Industrial, Taxa de Desemprego)

Destaques da Bloomberg Línea

Genial/Quaest: Lula tem 42% e Bolsonaro 34%, e distância se reduz

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E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Prateleiras do Walmart ganham novo produto: contas bancárias • Investimentos ESG podem crescer ainda mais com avanço em padronizações • O que a vitória de Lula ou Bolsonaro significaria para as estatais?

• Opinião Bloomberg: O aumento do crédito ao consumidor significa problemas econômicos para os EUA?

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe