Startup brasileira capta R$ 100 milhões com fundo Bridge One

Bravium, empresa que ganha corpo com a fusão com a Satelital e a Atrus, é especializada em soluções digitais para o relacionamento com clientes

Bravium anuncia fusão e investimento
13 de Setembro, 2022 | 02:53 PM

Bloomberg Línea — A empresa brasileira de relacionamento online entre empresas e clientes Bravium anunciou uma fusão com a Satelital e a Atrus, de soluções de full commerce (desde a plataforma de e-commerce até a entrega). A nova companhia, que vai unir serviços de fidelidade, e-commerce e marketplace, preserva o nome Bravium e acaba de receber um aporte de R$ 100 milhões do fundo brasileiro Bridge One.

Em 2007, a Satelital iniciou seu negócio de ajudar bancos a estruturarem programas de fidelidade e pontos de cartão de crédito no Brasil, além de programas de milhas com companhias aéreas, desde a plataforma até a entrega dos produtos.

Depois, em 2015, começou a expandir para outros segmentos com ideia de fazer crescer a recorrência de clientes, como o agronegócio, com um programa para atender produtores do Brasil com insumos agrícolas para a Bayer.

Em 2019, a empresa tinha no programa participantes que abrangiam 60% da área plantada do Brasil, segundo Adelmo Inamura, CEO da Bravium, em entrevista à Bloomberg Línea. Assim, a empresa fez uma joint venture com a Bayer para criar um marketplace de insumos agrícolas, a Orbia.

PUBLICIDADE

“Identificamos três empresas separadas, cada uma estava crescendo no seu campo, mas vimos que juntos conseguiríamos um serviço muito mais completo de forma mais consistente e ganhar escala com o investimento na plataforma”, disse Inamura. “A redundância é baixa porque estamos nos complementando.”

Mudanças no conselho

Segundo o CEO, a empresa gera caixa, por isso não estava procurando investimento de terceiros. Mas os sócios decidiram trazer para o conselho João Brandão, sócio e fundador da Bridge One, com o aporte de R$ 100 milhões (cerca de US$ 19,3 milhões). Além de Brandão, um novo conselheiro independente deve ser anunciado nos próximos meses.

“Nós damos lucro desde a nossa fundação em 2007”, disse Inamura. A Bravium faturou R$ 300 milhões no ano passado e este ano a meta é faturar R$ 450 milhões.

PUBLICIDADE

A empresa tem várias linhas de receita, seja pela taxa de resgate ou pela margem do produto. “Nós não somos um varejista que entrega produtos, nós montamos catálogos específicos para os nossos clientes”, disse o executivo.

O primeiro aporte que a empresa recebe será usado para fortalecer o crescimento nos oito países em que atua (Brasil, México, Colômbia, Peru, Bolívia, Chile, Paraguai e Argentina) contratando mais pessoas, em especial para pesquisa e desenvolvimento.

Leia também:

O que a Microsoft procura nos profissionais, segundo a presidente no Brasil

Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups