Essas 14 startups uruguaias estão de olho no Brasil para escalar seus negócios

Grupo de empreendedores esteve em São Paulo em um hub tecnológico para se reunir com investidores e outras empresas

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Bloomberg Línea — Um grupo de 14 startups uruguaias viajou para São Paulo para se reunir com empresários, investidores e clientes potenciais que lhes permitam escalar seus negócios através da expansão no país. Os representantes das empresas foram ao hub empresarial Cubo, o centro de inovação alavancado pelo Itaú (ITUB4) na cidade e um dos mais relevantes centros empresariais da região.

Os empreendedores ficaram na cidade por três dias, no início de agosto, realizando reuniões com startups locais e fazendo apresentações de negócios para grandes corporações, investidores e fundos de investimento.

As empresas, de várias áreas, foram Tree House Deco, Bee Seller, Flokzu, Infuy, Lineup, Mowi, SensorData, Alphalabs, Data4Sales, Hey Now Bots, Inswitch, mevuelo.com, Quaris Soluciones e These. Elas são de diversos setores e oferecem de tudo – desde plataformas para decoração de interiores, canais de vendas online, automação de processos, desenvolvimento de software, soluções tecnológicas para agricultura, agentes de viagens, recolocação de funcionários corporativos e até um serviço online de previsão de ondas e vento para surfistas.

Obstáculos

A entrada dessas empresas no país vizinho é monitorada pela Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação (Cuti). O Itaú destacou que o mercado brasileiro apresenta certas dificuldades para startups de países como o Uruguai, e por isso promoveram a criação de uma rede de contatos.

Apesar das possíveis barreiras, a escala do Brasil em comparação com um mercado pequeno como o Uruguai o torna uma alternativa mais do que atraente para qualquer empreendedor.

“O Brasil tem o tamanho de um continente e é um país muito autossuficiente, portanto é muito difícil para empresas vindas do exterior entrarem e se conectarem com o ecossistema sem os contatos certos”, disse o diretor de inovação digital e alianças estratégicas do Itaú, Diego Lanza, de acordo com um comunicado divulgado pelo banco e pela Cuti. Na associação de empresários do setor de tecnologia, o objetivo é “facilitar” o “desembarque no mercado brasileiro”, disse o secretário geral da Cuti, Amílcar Perea.

As empresas que estavam no Cubo se tornaram parte da carteira de empresas Núcleo Tech do Itaú, que estabeleceu uma política de crédito especial baseada em uma análise qualitativa da empresa e dos fundadores, disse o banco à Bloomberg Línea.

O Itaú está preparando no Uruguai para o segundo semestre deste ano um “apoio específico” para startups locais, disse Andre Gailey, CEO da empresa no Uruguai, em julho, em entrevista à Bloomberg Línea.

Os empresários uruguaios realizaram também uma reunião no Consulado do Uruguai em São Paulo, da qual participaram o Instituto Empresarial de São Paulo, o Instituto Brasileiro de Relações Empresariais Internacionais e a empresa Embrasur.

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