Dólar avança com exterior diante de preocupações na China; Ibovespa oscila

Investidores acompanham cenário político e exterior, que operava misto de olho nos próximos passos do banco central americano

Dólar era negociado em alta de 0,31%, a R$ 5,0891, apagando as quedas das últimas duas sessões
15 de Agosto, 2022 | 02:01 PM

Bloomberg Línea — --Atualiza com cotação das 14h45

O Ibovespa (IBOV) operava próximo à estabilidade no início desta tarde de segunda-feira (15), com tendência de queda indo na contramão das bolsas internacionais, com investidores de olho em dados da China e na corrida eleitoral, que começa a ganhar mais tração.

Por volta das 13h45 (horário de Brasília), o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira cedia cerca de 0,6%, próximo dos 112.636 mil pontos, enquanto o dólar avançava diante da maior aversão ao risco.

Enquanto isso, o dólar era negociado em alta de 0,31%, a R$ 5,0891, apagando as quedas das últimas duas sessões.

PUBLICIDADE

No exterior, o petróleo caía, o que contribuiu para baixa nas ações de empresas do setor mais cedo. No entanto, após divulgar mais uma redução nos preços da gasolina, a Petrobras (PETR3; PETR4) reverteu a queda e subia.

A estatal disse que o preço médio do combustível passará de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro, uma redução de R$ 0,18 por litro - equivalente a 4,85% - a partir de amanhã (16).

É a terceira redução do preço do combustível em menos de um mês. Na semana passada, a petrolífera havia anunciado uma redução de R$ 0,22 por litro do diesel às distribuidoras.

PUBLICIDADE

Mais cedo, a pesquisa BTG/FSB mostrou que as intenções de voto no presidente Jair Bolsonaro (PL) ficaram estáveis na última semana, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu sua vantagem sobre o atual mandatário crescer no período. Lula tem 45% dos votos, e Bolsonaro, 34%.

Em relação à última pesquisa, divulgada no dia 8 de agosto, o petista cresceu quatro pontos percentuais, enquanto Bolsonaro se manteve nos 34%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 14 de agosto e ouviu 2 mil pessoas por telefone. O índice de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-00603/2022.

Já nos Estados Unidos, os rendimentos do Tesouro caíam e a curva de títulos permaneceu profundamente invertida, apontando para preocupações de que a campanha de aperto monetário do Federal Reserve contra a alta inflação provoque uma recessão no país. Os últimos dados de fabricação do estado de Nova York aumentaram essas preocupações.

Nas últimas semanas, os mercados de ações foram beneficiados por sinais de desaceleração das pressões sobre os preços, o que gerou esperanças de uma mudança do Fed para aumentos de juros menos agressivos. Mas a economia vacilante da China mostra que muitos obstáculos ainda estão pela frente.

Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (15):

  • Por volta das 13h45 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,06%, aos 112.636 pontos;
  • O dólar à vista subia 0,26%, negociado a R$ 5,0868;
  • Nos EUA, os índices futuros avançavam: o Dow Jones subia 0,57%, o S&P 500, 0,39%, enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,50%;

-- Com informações da Bloomberg News

PUBLICIDADE

Leia também:

Petróleo recua com receio por demanda chinesa e de olho em oferta iraniana

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.