Bloomberg Línea — O dólar cai mais de 1,40% e o Ibovespa (IBOV) avançava firme, com o impulso de Americanas (AMER3) e bancos. A sessão é de bom humor no exterior após os preços aos consumidores dos Estados Unidos desacelerarem em julho, aliviando os temores de um aperto monetário mais agressivo do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Em julho, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ficou estável na comparação mensal, o que foi melhor que o esperado por economistas e abaixo das altas recordes do mês anterior.
“Esses números tiram da mesa a chance de o Fed subir 0,75 ponto percentual e agora o jogo está aberto. Hoje, dois membros do Fed que são mais dovish, ou seja, favoráveis a juros mais baixos, vão discursar e devem reforçar uma alta de 0,50 p.p.”, avalia Fabio Fares, especialista em macro da plataforma Quantzed.
Na cena doméstica, dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) também sinalizaram ontem melhores perspectivas para a economia brasileira. Pressionado pela queda nos preços dos combustíveis, o dado apresentou deflação de 0,68%, a menor taxa já registrada pelo IBGE. No ano, o IPCA acumula alta de 4,77% e, nos últimos 12 meses, de 10,07%.
A temporada de balanços corporativos continua por aqui, com destaque para as divulgações dos resultados de empresas como 3R Petroleum (RRRP3), BRF (BRFS3), Positivo (POSI3) e Petz (PETZ3) depois do fechamento.
Confira o desempenho dos mercados nesta quarta-feira (10):
- Por volta das 13h20 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,31%, aos 110.069 pontos;
- O dólar à vista recuava 1,42%, a R$ 5,05;
- Nos EUA, o Dow Jones subia 1,39%, o S&P 500, 1,74% e o Nasdaq, 2,29%.
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