Bloomberg — As ações avançam na abertura na Ásia na terça-feira, enquanto os investidores digerem os balanços e aguardam as consequências de uma iminente alta da taxa de juros do Federal Reserve nesta semana.
Os contratos futuros subiam no Japão, Austrália e Hong Kong, enquanto os contratos dos Estados Unidos caíam após uma sessão agitada de Wall Street que rendeu uma subida modesta no S&P 500. A Apple (AAPL) e a Alphabet (GOOGL) pesaram no Nasdaq 100.
A varejista Walmart (WMT) caiu no after-market em Nova York com uma perspectiva de lucro decepcionante que pode aumentar as preocupações sobre as perspectivas corporativas, já que a economia dos EUA flerta com uma recessão em meio ao aperto monetário.
Os rendimentos do Tesouro de dez anos subiram para 2,8%. Os traders estão se posicionando para uma onda de vendas de dívidas e um aumento amplamente esperado de 75 pontos base na taxa do Fed na quarta-feira.
Um indicador do dólar caiu para o nível mais baixo desde o início de julho. O petróleo bruto oscilava em torno de US$ 96 o barril. O bitcoin (BTUSD) caiu abaixo de US$ 22.000.
Os mercados estão em compasso de espera, aguardando não apenas o Fed e quaisquer sinais do presidente Jerome Powell, mas também balanços de empresas como Apple e Alphabet. Outros riscos incluem interrupções contínuas no fornecimento de gás europeu da Rússia, bem como restrições à covid na China e problemas de propriedade.
Para Katerina Simonetti, consultora do Morgan Stanley Private Wealth Management, a ladainha de riscos expõe a vulnerabilidade da recuperação de 6% das ações globais em relação às baixas de junho.
“Este é provavelmente um rali de mercado em baixa e ainda há riscos significativos enfrentados por este mercado”, disse ela à Bloomberg Television. “Provavelmente veremos muita instabilidade e potencialmente mais alguns declínios no mercado antes do final do ano.”
Em contraste, Ed Yardeni, presidente da Yardeni Research, argumenta que a queda do S&P 500 no mês passado para a mínima aos 3.666 pontos provavelmente marcou o ponto mais baixo da derrota das ações em 2022. Ele cita a resiliência dos lucros corporativos e as perspectivas ainda saudáveis para consumidores e empresas, mesmo com a desaceleração da economia dos EUA.
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