Resultados tech e outros 4 assuntos para começar o dia

Veja os assuntos que devem marcar o sentimento dos mercados ao redor do mundo nesta sexta-feira (22)

The Snapchat application on a smartphone arranged in Saint Thomas, Virgin Islands, U.S., on Friday, Jan. 29, 2021. Snap Inc. is scheduled to release earnings figures on February 4. Photographer: Gabby Jones/Bloomberg
Por Heather Burke - Melina Flynn
22 de Julho, 2022 | 09:51 AM
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Bloomberg — A semana termina com os mercados digerindo os balanços corporativos das empresas americanas, e também a subida de juros mais agressiva do Banco Central Europeu, anunciada ontem. O Twitter (TWTR) divulgou nesta manhã seus resultados - queda de 1% no segundo trimestre na comparação com o ano anterior, dando continuidade à queda das gigantes das redes sociais no pré-mercado, que repercute também os números decepcionantes do Snap (SNAP) no dia anterior. O dia também reserva dados importantes vindos dos EUA.

1. Políticas agressivas

O Banco Central Europeu decidiu na quinta-feira (21) elevar a taxa básica de juros em 50 pontos base, o primeiro aumento desde 2011. A autarquia também anunciou detalhes de seu Transmission Protection Instrument (TPI), na sigla em inglês, uma ferramenta para tentar manter sob controle os spreads dos títulos europeus. O aumento “monumental” de 50 pontos base do BCE se iguala aos enormes aumentos de taxas de outros países, do Brasil ao Canadá. Isso tem gerado de que os formuladores de políticas exagerem e mergulhem as economias em recessão enquanto lutam para vencer a inflação.

Ainda sobre inflação, os dados divulgados nesta sexta-feira (22) mostraram que os preços ao consumidor no Japão subiram 2,2% em junho em relação ao mesmo período do ano imediatamente anterior, em linha com as expectativas dos analistas. Enquanto isso, o Banco Central do Japão optou por manter as taxas de juros em níveis baixos, também de acordo com o esperado.

2. Manhã mista

Os três principais índices americanos operavam em direções opostas na manhã de hoje, depois de um fechamento relativamente forte na sessão do dia anterior. Na Europa, os principais índices operavam em terreno positivo perto das 9h00, com os investidores ainda digerindo a decisão monetária do BCE no dia anterior, quando as ações fecharam em ligeira alta, assim como o euro, que subiu depois de um dia agitado de negociações.

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Perto das 8h50 o euro caía 0,42% ante o dólar, enquanto o dólar caía 0,53% ante o real. Já os futuros do Ibovespa operavam em alta de 0,30%.

3. O sinal das redes sociais

As gigantes das redes sociais americanas perderam bilhões em valor de mercado na quinta-feira (21), depois que a receita decepcionante da Snap (SNAP) levantou preocupações sobre as mídias online. Seguindo o movimento, o Twitter (TWTR) divulgou seus resultados nesta manhã, reportando uma queda de 1% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, de US$ 1,18 bilhão. A empresa previa um crescimento de 20% para este ano - o que não aconteceu.

4. A luta do Bitcoin

O Bitcoin está lutando para manter seu impulso depois de ultrapassar US$ 22 mil nos últimos dias. Mesmo assim, a principal moeda digital do mundo subia nesta manhã, alta de 2,30% perto das 9h00 no horário de Brasília, a US$ 23,615.

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Enquanto isso, em Manhattan, promotores federais abriram a primeira investigação por insider trading em moedas digitais, com acusações contra um ex-gerente de produto da Coinbase. Ele foi preso na quinta-feira por supostamente vazar informações privilegiadas para ajudar seu irmão e um amigo a comprarem tokens digitais pouco antes de serem listados na plataforma.

5. Também hoje...

É sexta-feira! Mas há dados importantes a serem analisados antes da chegada do fim de semana. Os PMIs dos EUA, que devem ser divulgados às 10h45, vão roubar os holofotes após surpresas na Alemanha e na França. Há também uma decisão de taxa na Rússia. Já os eventos corporativos de hoje incluem, além dos resultados do Twitter que já foram divulgados, os resultados da American Express e Verizon Communications.

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.