Ex-Coinbase é preso por suspeita inédita de insider trading com criptos

Segundo fontes, a maior exchange dos EUA não é alvo da investigação; beneficiados com a informação privilegiada teriam lucrado mais de US$ 1 milhão

Los monitores muestran la señalización de Coinbase durante la oferta pública inicial (OPI) de la compañía en el Nasdaq MarketSite en Nueva York, Estados Unidos, el miércoles 14 de abril de 2021.
Por Allyson Versprille - Silla Brush - Lydia Beyoud e Greg Farrell
21 de Julho, 2022 | 02:43 PM

Bloomberg — Autoridades americanas prenderam nesta quinta-feira (21) um ex-gerente de produtos da exchange de criptomoedas Coinbase por supostamente vazar informações privilegiadas para ajudar seu irmão e um amigo a comprarem tokens digitais pouco antes de serem listados na plataforma, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

A prisão de Ishan Wahi, que ajudava a supervisionar as listagens em uma unidade da Coinbase focada em produtos de investimento, segue uma investigação abrangente que envolveu promotores federais do estado de Nova York e da SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos.

A exchange de criptomoedas, a maior dos Estados Unidos, não é alvo da investigação e não enfrentará acusações, disseram as pessoas.

Wahi teria avisado seu irmão, Nikhil Wahi, e o amigo Sameer Ramini quando os tokens estavam prestes a serem listados pela Coinbase, de acordo com mais uma pessoa que, como as outras, pediu anonimato.

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Nikhil Wahi e Ramini, que também são alvo da investigação do governo americano, supostamente usaram essas informações para negociar dezenas de tokens entre junho de 2021 e abril de 2022, obtendo um lucro de mais de US$ 1 milhão, disse a pessoa.

A Coinbase permite que os clientes negociem mais de 150 tokens, incluindo muitos dos que foram adicionados às plataformas nos últimos meses. Por causa do status de maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, as moedas podem receber uma avalanche de repentino interesse – e, portanto, um aumento no preço – imediatamente após serem listadas.

A Coinbase não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Bloomberg News. Um porta-voz dos promotores de Manhattan confirmou as prisões. A SEC se recusou a comentar.

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Andrew St. Laurent, advogado de Ishan Wali, não quis comentar. Um advogado de Nikhil Wahi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Ramini não pôde ser contatado imediatamente.

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