Starbucks reabre lojas em Xangai

Empresa já reativou operações em 600 dos 940 pontos de vendas existentes na cidade, mas, por enquanto, apenas para pedidos de entregas

Starbucks reabre lojas em Xangai, mas medida não deve reverter perdas esperadas para vendas anuais
Por Ed Ludlow - Leslie Patton
04 de Junho, 2022 | 12:01 PM

Bloomberg — A Starbucks está reabrindo suas lojas em Xangai, depois da nova onda de casos de Covid-19 e bloqueios do governo terem prejudicado os negócios da companhia em seu maior mercado na China. A empresa informou que já reabriu 600 de suas 940 lojas no centro econômico chinês e que pretende voltar a oferecer bebidas e refeições nas lojas em breve. Hoje, a Starbucks está trabalhando apenas com serviços de entregas em Xangai.

A reabertura das lojas não será suficiente para reverter o cenário negativo projetado para a empresa na China. Estimativas compiladas pela Bloomberg mostram que os analistas do mercado projetam uma queda de 23% nas vendas da Starbucks naquele mercado durante o ano fiscal que termina no início de outubro.

Para a Starbucks, a China é considerada um de seus dois principais mercados de crescimento, juntamente com os Estados Unidos. Contudo, a Covid prejudicou as vendas da companhia diante das restrições intermitentes impostas pelo governo chinês ao longo de mais de dois anos. A empresa tem cerca de 5,6 mil lojas em toda a China.

Com Howard Schultz no comando da empresa novamente, a China está entre os pontos de interrogação na mente dos investidores. No trimestre passado, as vendas nas lojas caíram 23%, abaixo das estimativas dos analistas. Schultz, que se tornou CEO novamente em abril, também está lidando com os crescentes esforços de sindicalização nos Estados Unidos.

PUBLICIDADE

“Claramente, muitas pessoas estão insatisfeitas”, disse Peter Saleh, analista da BTIG, referindo-se ao declínio das ações da empresa em 2022. Mas, em sua opinião, a reabertura da China deve ajudar a gerar mais valor nas ações. “A China é uma grande peça, e obter mais clareza sobre a sindicalização é uma grande peça”, disse ele. “Além disso, não acho que haja muita coisa realmente quebrada com a empresa.”

Leia mais em Bloomberg.com

Leia também