Furacão econômico e outras 4 coisas que você precisa saber para começar o dia

Veja os cinco pontos que devem influenciar mercados pelo mundo nesta quinta-feira (2)

Possibilidade de visita do presidente Biden à Arábia Saudita para falar sobre petróleo é um dos principais assuntos do dia
Por Eddie van del Walt
02 de Junho, 2022 | 09:12 AM

Bloomberg — Reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), furacão econômico e vida com US$ 250 mil por ano – estes são alguns dos principais assuntos do dia. Confira a seguir.

Ouro negro

O presidente Joe Biden deve visitar a Arábia Saudita neste mês porque os preços recordes da gasolina nos Estados Unidos estão prejudicando as perspectivas políticas de seu partido. Isso quase inevitavelmente significa que ele se encontraria com o governante do país, o príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, a quem o presidente culpa pelo assassinato de um colunista dos Estados Unidos em 2018. Enquanto isso, circularam informações de que a Arábia Saudita pode aumentar a produção de petróleo. Essa informação veio à tona justamente antes da reunião da Opep+ que deve ocorrer hoje (2).

Furacão econômico

Jamie Dimon alertou os investidores para se prepararem para um “furacão” econômico, pois a economia vem enfrentando uma combinação de desafios sem precedentes, incluindo o aperto da política monetária e a invasão da Ucrânia. “Não sabemos se será pequeno ou se parecerá o furacão Sandy”. É melhor se preparar”, advertiu Dimon. No entanto, seus comentários pareciam estar em desacordo com os do estrategista do JPMorgan (JPM), Marko Kolanovic, que no mesmo dia escreveu que “não haverá recessão”.

Sobrevivendo com US$ 250 mil

Mais de um terço dos americanos que ganham pelo menos US$ 250 mil por ano dizem que seu salário mal dá para sobreviver, e mais da metade dos millennials que ganham quatro vezes o salário médio dos Estados Unidos afirmam que ficam com pouco dinheiro no final de cada mês. Enquanto isso, o Federal Reserve está prestes a começar a encolher seu balanço patrimonial de US$ 8,9 trilhões, lançando uma segunda ferramenta juntamente com taxas de juros mais altas para conter a inflação, embora as autoridades não saibam sua eficácia.

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Ações em alta

As ações na Europa e nos EUA subiam às 6h15 de Brasília, enquanto os investidores avaliam atrativos valuations e uma queda nos preços do petróleo em face das mensagens hawkish dos bancos centrais sobre o controle da inflação. Os dados sobre a atividade industrial e as vagas de emprego dos EUA alimentaram a preocupação de que o Federal Reserve precisará ser mais restritivo para conter os aumentos desenfreados de preços. Os títulos do Tesouro mantiveram suas perdas, e os rendimentos de 10 anos ultrapassavam 2,90%. O dólar caiu enquanto o ouro avançou, e o Bitcoin (BTC) ficou abaixo dos US$ 30 mil.

Também hoje...

O dia começa com uma agenda cheia com dados de empregos dos EUA com números de pedidos de seguro-desemprego. A reunião da Opep+ está programada para durar até amanhã (3), e o relatório de estoques da Energy Information Administration (EIA) dos EUA também será divulgado. Aguardamos comentários de Mester, do Fed, e no Reino Unido, o feriado do jubileu de platina da rainha Elizabeth II será estendido até 5 de junho. Entre os resultados a serem divulgados hoje estão os da Lululemon (LULU), CrowdStrike (CRWD), Hormel Foods, Trip.com (TCOM), Okta (OKTA) e Remy Cointreau.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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